2010-03-18 13:58:41

A crise actual, uma ocasião para pensar num novo modelo de desenvolvimento salientou o Papa na audiência a membros da união dos industriais e das empresas de Roma com o convite a colocar no centro da economia e da finança a pessoa humana que Cristo desvela na sua dignidade mais profunda.


(18/3/2010) O Santo Padre recebeu na Sala Clementina do Palácio apostólico cerca de 200 membros da união dos industriais e das empresas de Roma.
A realidade empresarial romana é constituída em grande parte por pequenas e medias empresas.
No discurso que lhes dirigiu Bento XVI referiu-se á sua Encíclica social Caritas in veritate onde encoraja a colocar no centro da economia e da finança a pessoa humana que Cristo desvela na sua dignidade mais profunda.
Aos empresários romanos o Papa recordou ainda que na referida encíclica reafirmara que o aumento do desemprego, especialmente juvenil, o empobrecimento económico de muitos trabalhadores e a emersão de novas formas de escravidão, exigem como objectivo prioritário o acesso a um trabalho digno para todos
E salientou a este propósito: “ O que guia a Igreja a fazer-se promotora de uma meta semelhante é a convicção de que o trabalho é um bem para o homem, para a família e para a sociedade, e é fonte de liberdade e de responsabilidade. Na consecução de tais objectivos, obviamente estão envolvidos, juntamente com outros sujeitos sociais, os empresários que devem ser encorajados de maneira particular no seu empenho ao serviço da sociedade e do bem comum.
Prosseguindo o seu discurso Bento XVI salientou depois a importância de saber vencer aquela mentalidade individualista e materialista que sugere que se tirem os investimentos da economia real para privilegiar o uso dos próprios capitais nos mercados financeiros, em vista dos rendimentos mais fáceis e mais rápidos.
“Permito-me recordar que pelo contrario os caminhos mais seguros para contrastar o declínio do sistema empresarial do próprio território consistem em colocar-se em rede com as outras realidades sociais, investir na pesquisa e na inovação, não praticar uma concorrência injusta entre empresas, não esquecer os próprios deveres sociais e incentivar uma produtividade de qualidade para responder ás necessidades reais das pessoas.
A concluir o Papa recordou que o desenvolvimento, em qualquer sector da existência humana, implica também a abertura ao transcendente, á dimensão espiritual da vida, á confiança em Deus, ao amor, á fraternidade, ao acolhimento, á justiça, á paz.








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