Líderes religiosos africanos na luta contra as mudanças climáticas.
(10/3/2010) Os líderes religiosos africanos querem dar um contributo activo na luta
contra as mudanças climáticas. O compromisso emergiu num fórum sobre o clima organizado
nos dias 2 e 3 de Março na capital nigeriana, Abuja. Cerca de 60 expoentes religiosos
católicos, protestantes e muçulmanos, da África sub-Saariana e do Reino Unido, debateram
as consequências económicas e sociais das alterações climáticas na África. Na
declaração final, recordam que as mudanças no clima podem aumentar de maneira significativa
a pobreza, as doenças e os conflitos; o que demonstram as inundações e a seca ocorridas
em várias partes da África. O continente não tem condições tecnológicas e financeiras
para enfrentar esta emergência que ameaçaria a agricultura, principal recurso para
o sustento dos povos africanos. O risco é que os povos africanos se tornem “refugiados
das mudanças climáticas”, minando ainda mais a já frágil paz destes países. Chamando
em causa os ensinamentos religiosos sobre a defesa da criação, os líderes manifestaram-se
prontos para fazer a sua parte sensibilizando os fiéis sobre o tema. Por outro lado,
pediram para participar nas negociações nacionais e regionais sobre os acordos climáticos
e propuseram unir as suas forças e pedir aos países desenvolvidos que reduzam efectivamente
as emissões de gzes com efeito de estufa. O fórum pediu também a criação de um
Fundo mundial sobre o clima. A este respeito, a cidade de Parma, no norte da Itália,
vai hospedar, de 10 a 12 de Março, a Quinta conferência Ministerial sobre o Meio Ambiente
e a Saúde. O evento deve reunir Ministros da Saúde e do Ambiente de 53 Países da Europa
e representantes da Organização Mundial da Saúde. O objectivo consiste em negociar
e adoptar uma Declaração que defina a agenda europeia de desafios sobre a saúde ambiental
nos próximos anos.