Cidade do Vaticano, 06 mar (RV) - A Caritas Internacional pede mais proteção
para os trabalhadores imigrantes - principalmente mulheres - que trabalham como domésticas,
babás ou enfermeiras, que correm mais risco de serem exploradas.
Em proximidade
do Dia Internacional da Mulher, a entidade da Igreja Católica recorda aos governos
e ao mundo o dever de tutelar as trabalhadoras que frequentemente sofrem abusos e
raramente recebem “qualquer tipo de proteção legal”.
Considerando que estes
abusos são difíceis de identificar - visto que o local de trabalho são casas particulares
- a Caritas pede que as domésticas sejam beneficiadas com a mesma proteção legal garantida
aos demais trabalhadores.
Para Martina Liebsch, diretora de políticas da Caritas
Internacional, “além do risco de abusos, as trabalhadoras domésticas por vezes não
têm acesso à proteção adequada em termos de seguridade social; temem sofrer represálias
de seus patrões caso se queixem às autoridades e consequentemente, se submetem à condição
de verdadeiros escravos modernos”.
A Caritas pede que sejam estabelecidas cláusulas
específicas para os imigrantes que realizam trabalho doméstico, dado que seu trabalho
e sua residência estão ambos ligados a um patrão.
“O mundo precisa se lembrar
que essas mulheres que cuidam de nós, em nossas próprias casas, e que fazem grandes
sacrifícios para encontrar um emprego no exterior, precisam de nossos cuidados” –
frisa o site da Organização.
A Conferência Internacional do Trabalho – principal
instância de deliberação da Organização Internacional do Trabalho – iniciará em junho
de 2010 a discussão sobre a possível adoção de um instrumento internacional de proteção
às/aos trabalhadoras/es domésticos, atividade exercida predominantemente pelas mulheres
e na qual estão presentes de maneira evidente as desigualdades de gênero e raça. (CM)