Varsóvia, 03 mar (RV) – O ano de 2009 foi um ano negativo para as vocações
na Polônia. A agência católica de informação polonesa KAI informou nos últimos dias
que, pela primeira vez em muitos anos, o número de seminaristas candidatos ao sacerdócio
é inferior a 4 mil, enquanto o número de aspirantes religiosos não sofreu substancial
variação em relação ao ano precedente.
Segundo a agência KAI, 689 seminaristas
iniciaram o seu primeiro ano de formação em 2009, 32 a menos em relação ao ano de
2008. Continua, ao invés, o declínio nas ordens religiosas femininas: em 2009 somente
300 mulheres iniciaram o pré-noviciado contra as 723 de dez anos atrás.
Evidente
diminuição também no número de mulheres aspirantes a entrar nas ordens contemplativas:
apenas 43 contras as 117 de dez anos atrás. No total 28 conventos femininos na Polônia
fecharam as suas portas no ano passado.
Segundo os bispos o declínio deve ser
atribuído principalmente à diminuição do índice de natalidade na Polônia, como também
à emigração de muitos jovens para o exterior. Em relação aos anos passados, cada vez
menos famílias encorajam os filhos a entrar no seminário. No momento a situação não
parece alarmar os bispos, apesar de se evidenciar alguma preocupação a longo prazo.
Somente
“se esse declínio continuar nos próximos anos, se poderá começar a falar de uma verdadeira
tendência”, declarou o porta-voz da Conferência episcopal Padre Józef Kloch. “No momento
- acrescentou – é preciso trabalhar com os jovens para promover as vocações e encorajá-los
a responder ao chamado”.
Após a eleição de João Paulo II à cátedra de Pedro,
as vocações tinham duplicando na Polônia, atingindo o seu máximo entre 1985 e 1987.
Hoje os sacerdotes poloneses representam um quinto do total na Igreja Católica na
Europa, onde muitas dioceses dependem deles para suprir a necessidade de sacerdotes
locais. (SP)