2010-03-03 16:21:46

Pastoral dos Ciganos na Europa no combate ás discriminações: responsáveis nacionais reunidos no Vaticano até esta Quinta-feira
 


(3/3/2010) O Vaticano acolhe desde esta Terça-feira o Encontro dos Directores Nacionais da Pastoral dos Ciganos na Europa. A iniciativa, que se prolongará por três dias, foi inaugurada pelo presidente e secretário do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, respectivamente D. Antonio Maria Vegliò e D. Agostino Marchetto.
O evento, que conta com a participação do director da Obra Católica Portuguesa de Migrações, Fr. Francisco Sales, é dedicado ao tema “Solicitude da Igreja para com os ciganos na Europa: situação e perspectivas”.
Na intervenção de abertura, D. Antonio Vegliò sublinhou que os organismos eclesiais são chamados a "denunciar as injustiças e as desigualdades indignas, a fim de que a vida do homem se torne mais humana". O prelado apelou a "um exame de consciência" sobre a "fidelidade à vocação e missão na Igreja", que é de todos "e particularmente dos pobres".
O arcebispo observou que a história dos ciganos é "tristemente marcada por rejeições e perseguições", admitindo que nesse percurso "a Igreja teve as suas culpas, directas ou indirectas, quer com condenações abertas, quer com silêncios por vezes interpretados como conivências".


D. Antonio Vegliò destacou, por outro lado, os “exemplos luminosos de cristãos" que marcaram o caminho de reconciliação da Igreja em relação aos ciganos.


Referindo-se ao encontro que termina nesta Quinta-feira, o presidente do Conselho Pontifício manifestou a esperança de que seja permitido aos ciganos participar mais "da vida e da riqueza da Igreja".


O prelado mencionou igualmente a situação dos ciganos na sociedade, que é influenciada por "preconceitos e estereótipos de tal modo radicados (…) que não permitem o desenvolvimento e amadurecimento de atitudes de abertura, acolhimento, solidariedade e respeito". Continuam a observar-se fenómenos de racismo e de aversão aos ciganos que, "muitas vezes, são um obstáculo à convivência pacífica, humana e democrática", acrescentou.








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