Bagdá, 02 mar (RV) - Após o apelo feito por Bento XVI no Angelus de domingo,
em prol do Iraque, os líderes católicos do país organizaram uma série de manifestações
para pedir o respeito pelas minorias religiosas.
Comentando as palavras do
pontífice, o vigário patriarcal de Bagdá, Dom Shlemon Warduni, agradeceu ao papa,
fazendo votos de que sua voz possa ter uma ressonância no mundo e, sobretudo, naqueles
implicados nessa ofensiva contra os cristãos. "Chegou a hora de deixar de lado interesses
particulares, políticos, religiosos, culturais e étnicos. Os cristãos devem poder
viver em paz e em segurança em seu país, como cidadãos, na plenitude do direito."
Ontem,
em Mosul e em Bagdá, houve manifestações para denunciar a violência contra os cristãos
iraquianos. O arcebispo caldeu de Mosul, Dom Emil Shimoun Nona, confirmou que nos
últimos dias centenas de famílias abandonaram a cidade.
Segundo um relatório
da ONU, cerca de 600 pessoas deixaram Mosul, num total de 4 mil cristãos que moram
na cidade. Nesses dias, o patriarca Emmanuel Delly se encontra na região para levar
conforto aos familiares das vítimas e se reunir os vértices da política local.
Já
em Kirkuk, a comunidade cristã convocou uma jornada de jejum. E às 17h, foi realizada
uma vigília de oração. "O governo e os líderes muçulmanos condenaram os ataques",
afirma à Agência AsiaNews o arcebispo da cidade, Dom Louis Sako. "Mas já estamos acostumados
com as palavras, agora queremos respostas concretas" – disse. (BF)