2010-03-01 13:09:17

CARITAS PORTUGUESA REUNIDA


Braga, 1º mar (RV) - Durante o final de semana, membros das Caritas diocesanas portuguesas estiveram reunidos no Centro Apostólico do Sameiro, Braga, para refletir sobre as iniciativas a serem desenvolvidas para ajudar os mais necessitados no Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social. “Só com a sabedoria evangélica e caminhos de esperança, esses organismos eclesiais responderão às dificuldades da globalização e às novas formas de pobreza que nascem, frequentemente, nas comunidades paroquiais” – salientam as Conclusões do Conselho Geral da Caritas Portuguesa de fevereiro de 2010.

A maioria das dioceses está sensibilizada para esta problemática e elencaram-se várias iniciativas: candidatura a projetos, workshops, parcerias com entidades civis, jornadas de reflexão, realização de atividades de rua, exposições, publicação de subsídios sobre esta temática, ações de formação sobre Doutrina Social da Igreja e promoção de atividades lúdicas.

As Caritas diocesanas mobilizaram-se para divulgar a petição contra a pobreza, no âmbito da campanha “Acabar com a Pobreza já!”. Foi divulgado também o site desta iniciativa e dos vários materiais de apoio.

Neste mundo desordenado, o “trabalho silencioso, mas bem visível, das Caritas tem um papel importante para que o ser humano seja o protagonista, o centro e o fim de toda a vida econômico-social”. “A macro-caridade ou a caridade organizada é fulcral para a diminuição das desigualdades sociais” – lê-se no documento final.

Descobrir uma estratégia para a multiplicação dos grupos paroquiais “é um trabalho de paciência”. No entanto, os representantes assumiram que “é fundamental operacionalizar no terreno concreto as convicções que norteiam as direções diocesanas” – revelam as conclusões.

A realidade atual vive “uma crise sistêmica e não apenas econômica”. Segundo o conferencista brasileiro, José Magalhães, a situação atingiu “uma magnitude que não dá para continuar esta civilização”. Depois de apresentar as desigualdades existentes e a encruzilhada civilizacional no mundo, o membro da Caritas brasileira alertou os representantes portugueses para “os pilares que ajudarão a destruir o mito do consumo e a diminuir a pobreza que aumenta constantemente”.

Numa sociedade onde “administradores ganham mais num dia do que alguns agricultores num ano”, a Igreja reconhece “o trabalho e a pedagogia que a Caritas imprime nas suas ações: ajuda os cristãos a descobrirem os múltiplos gêneros de pobreza, fomenta o voluntariado e concilia a solidariedade com a justiça”.

Como, no próximo mês de maio, Portugal irá receber Bento XVI, a Caritas Portuguesa irá, com ajuda de outras entidades, “publicar opúsculos sobre o pensamento social do Papa”. Esses subsídios deverão conter “pistas de reflexão que ajudarão a motivar os agentes sociais na sua caminhada profética”.

Durante os trabalhos do Conselho Geral da Caritas – presidido por Dom Carlos Azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social - ocorreu o terremoto no Chile. Imediatamente através do seu fundo de emergência internacional, a Caritas disponibilizou “50 mil Euros para as vítimas chilenas e está fraternalmente unida com aquele povo do continente americano”. (SP)







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