2010-02-28 13:32:59

PAPA PEDE AJUDA DE TODOS PARA O CHILE E O IRAQUE


Cidade do Vaticano, 28 fev (RV) - Com a conclusão, ontem, dos exercícios espirituais de Quaresma, junto a seus colaboradores, hoje Bento XVI retomou suas atividades públicas, comparecendo à Praça São Pedro para rezar o Angelus com os fiéis.

Neste segundo domingo de Quaresma, o papa discorreu sobre o episódio da Transfiguração, inspirando-se na liturgia de hoje, que reflete sobre o convite do Mestre, assim como consta no Evangelho de São Lucas: “Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me! (Lc 9,23). “Este – disse Bento XVI – foi um evento extraordinário; um encorajamento na sequela de Jesus”.

Neste período de Quaresma, o papa convidou todos a meditar assiduamente sobre o Evangelho, e pediu aos pastores que neste Ano Sacerdotal, “sejam realmente permeados pela Palavra de Deus, a conheçam profundamente e amem-na ao ponto que lhes dê vida e forme seu pensamento”.

Após a reflexão litúrgica e a oração mariana, o papa dirigiu palavras de apelo às autoridades iraquianas e à comunidade internacional, em relação à delicada fase política que o Iraque está atravessando.

Aos políticos, o pontífice pediu que façam todo esforço possível para que a população se sinta segura, de modo especial as minorias religiosas, mais vulneráveis.

Representantes e religiosos da Igreja iraquiana e de outras Igrejas do Oriente Médio encontraram-se esta manhã na Praça São Pedro para manifestar em favor dos cristãos perseguidos, antes da oração do Angelus.

Dirigindo-se a eles, o papa exortou também a comunidade internacional a esforçar-se em prol de um futuro de reconciliação e de justiça para os iraquianos, e invocou de Deus, todo-poderoso, o dom precioso da paz.

Bento XVI disse ter recebido com profunda tristeza as trágicas notícias de assassinatos de cristãos na cidade de Mossul e ter acompanhado com muita preocupação outros episódios de violência perpetrados contra pessoas indefesas, de diversas pertenças religiosas, no Iraque.

“Ho seguito con viva preoccupazione gli altri episodi di violenza, perpetrati nella martoriata terra irachena ai danni di persone inermi di diversa appartenenza religiosa”.

O pontífice esclareceu que sua preocupação é por todas as pessoas injustamente perseguidas, não apenas pelos católicos. Bento XVI, que passou a última semana em retiro com a Cúria, revelou ter rezado bastante por todas as vítimas daqueles atentados. Neste sentido, disse unir-se à oração pela paz e pelo retorno da segurança, promovida pelo Conselho de Bispos de Nínive; e animou as comunidades cristãs do Iraque a “não se cansarem de ser fermento de bem pela pátria à qual, há séculos, pertencem plenamente”.

Enfim, Bento XVI alertou os políticos do país para que não cedam à tentação de priorizar interesses temporários e parciais em detrimento da incolumidade e dos direitos fundamentais da cidadania.

Após este apelo, a atenção do pontífice voltou-se para o Chile, abalado ontem por um terremoto de 8,8 graus na escala Richter e que conta até o momento mais de 300 mortos.

Bento XVI pediu orações e solidariedade, garantindo o apoio das organizações eclesiásticas às vítimas. O papa disse sentir-se próximo das pessoas atingidas pela grave calamidade; e implorou a Deus que lhes alivie o sofrimento e os encoraje, neste momento tão adverso.

“Me siento particularmente cercano a la querida población chilena afectada por un gran terremoto en su País. En un momento como éste, brota espontáneamente una plegaria al Señor por las víctimas y un mensaje de aliento a todos para superar esta gran prueba”. Ouça aqui: RealAudioMP3

No final do encontro, o papa concedeu a todos a sua bênção apostólica, recebendo os aplausos dos presentes.
(CM)







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