2010-02-27 19:28:04

DOM MARCHETTO: IGREJA AO LADO DOS CIGANOS CONTRA RACISMO E DISCRIMINAÇÕES


Cidade do Vaticano, 27 fev (RV) - "Solicitude da Igreja para com os ciganos: situação e perspectivas": esse é o tema do Encontro dos diretores nacionais da Pastoral dos ciganos na Europa, que se realizará de terça a quinta-feira da próxima semana – portanto, de 2 a 4 de março – na sede do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes. Para uma reflexão sobre os objetivos desse encontro, a Rádio Vaticano entrevistou o secretário do referido organismo vaticano, Dom Agostino Marchetto. Eis o que disse:

Dom Agostino Marchetto:- "Gostaria de ressaltar a situação de extrema pobreza em que se encontram milhões de ciganos na Europa, que é agravada também pelo clima de tensão e de hostilidade que existe contra eles. Pois bem, a Igreja tem a obrigação de atuar em defesa da dignidade deles e de seus direitos, recordando-lhes, ao mesmo tempo, os seus deveres civis."

P. O tema do encontro é "Solicitude da Igreja para com os ciganos: situação e perspectivas". De que modo a Igreja mostra atenção particular por eles?

Dom Agostino Marchetto:- "A Igreja se faz presente entre os ciganos com uma pastoral específica, que leva em consideração as suas peculiaridades culturais e respeita a sua identidade e diversidade, como pede o Concílio Ecumênico Vaticano II. Na França, por exemplo, existem mais de cem agentes, entre os quais dois sacerdotes, diáconos permanentes, acólitos e leitores de etnia Manouche. Muitos deles partilham o modo de viver dos ciganos, aceitando morar nos acampamentos, em trailer, criando as chamadas "comunidades-pontes", fazendo-se assim partícipes dos sofrimentos e preocupações diárias dos ciganos, criando laços de solidariedade e comunhão fraterna."

P. O programa do encontro prevê um debate sobre as "propostas para incrementar diálogo e colaboração intra e extra eclesiais". Por que se dá tanta importância a esse aspecto?

Dom Agostino Marchetto:- "Os ciganos em sua maioria são marginalizados pela sociedade civil e, consequentemente, são também excluídos facilmente das comunidades paroquiais do lugar em que se encontram. Portanto, é preciso uma pastoral específica. Infelizmente, nem todos os bispos e párocos percebem essa urgência." (RL)







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