2010-02-27 18:18:16

BENTO XVI: PARA CONHECER A SI MESMO O HOMEM PRECISA OUVIR DEUS


Cidade do Vaticano, 27 fev (RV) - Bento XVI e a Cúria Romana concluíram esta manhã a semana de exercícios espirituais da Quaresma. Na Capela Redemptoris Mater da residência apostólica, o pregador salesiano, Pe. Enrico Dal Covolo, recebeu o agradecimento e os apreços do Santo Padre por suas "lições de Deus e da Igreja sobre a vocação sacerdotal".

Um modo "entusiasmado e muito pessoal" de refletir sobre o ministério do sacerdócio, um guia "no caminho rumo a Cristo, no caminho de renovação" da vocação. Após ter escutado, rezado e refletido em silêncio durante esta semana de exercícios espirituais, Bento XVI quis ressaltar a viagem feita, junto com seus mais estreitos colaboradores de Cúria, no seguimento das meditações do teólogo salesiano, Pe. Enrico Dal Covolo.

O Pontífice manifestou apreciar justamente o aspecto da escuta íntima, profunda. Aquilo que – como recordado durante os exercícios – Salomão pediu e recebeu como graça, a docilidade de um coração capaz de escutar Deus:

"Na realidade, parece-me que aí esteja resumida toda a visão cristã do homem. O homem não é perfeito em si, o homem precisa da relação, é um ser em relação (...) Precisa da escuta, da escuta do outro, sobretudo do Outro com o O maiúsculo, de Deus. Somente assim conhece a si mesmo, somente assim se torna si mesmo."

O Pontífice prosseguiu sua breve reflexão afirmando que esse tipo de escuta é sinal de uma sabedoria possível somente na comunhão com a Igreja. Como a que o Santo Padre disse ter contemplado nestes dias num dos esplêndidos mosaicos que ornamentam a Capela Redemptoris Mater, que representa a Virgem, definida "Trono vivo da Sabedoria", com Cristo no ventre, a "Sabedoria encarnada":

"Os Padres da Igreja dizem que no momento da concepção do Verbo eterno no ventre da Virgem o Espírito Santo entrou em Maria através do ouvido. Na escuta concebeu a Palavra eterna, deu a sua carne a essa Palavra. E assim nos diz o que significa ter um coração à escuta."

Em seguida, Bento XVI recordou os chamados "medalhões" sacerdotais apresentados por Pe. Enrico Dal Covolo, que deram concretude à reflexão sobre a vocação ao ministério ordenado. Cinco retratos exemplares de presbíteros, de São João Marisa Vianney a João Paulo II, com um preâmbulo centralizado na concepção que os Padres antigos tinham do sacerdócio, de Santo Agostinho a Santo Inácio de Antioquia:

"Realmente novamente percebemos o que significa ser sacerdote, tornar-se sempre mais sacerdotes. Você ressaltou também que a consagração caminha rumo à missão, é destinada a tornar-se missão. Nestes dias aprofundamos com a ajuda de Deus a nossa consagração. Assim, com nova coragem, queremos agora enfrentar a nossa missão. O Senhor nos ajude. Obrigado por sua ajuda, Pe. Enrico." (RL)







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