SUPREMO TRIBUNAL DE MIANMAR CONFIRMA DETENÇÃO DE AUNG SAN SUU KYI
Yangún, 26 fev (RV) - O Supremo Tribunal de Mianmar manteve, nesta sexta-feira,
a detenção da líder opositora Aung San Suu Kyi, prêmio Nobel da Paz, ao confirmar
sua condenação a mais 18 meses de prisão domiciliar, sentença proferida em agosto
do ano passado, informou uma fonte oficial.
Os magistrados não acataram o recurso
apresentado por seus advogados, que apelaram, sobretudo, para argumentos constitucionais.
"O recurso foi rejeitado" – revelou, de modo lacônico – uma autoridade birmanesa que
não quis se identificar.
A prêmio Nobel da Paz, de 64 anos, foi condenada a
três anos de reclusão e a trabalhos forçados, por ter abrigado por pouco tempo, em
sua casa, um cidadão norte-americano que nadou até a residência dela, situada às margens
de um lago.
A punição foi comutada logo depois, para um prolongamento de sua
prisão domiciliar e confirmada em apelo, no mês de outubro.
Os advogados da
dissidente podem, agora, recorrer diretamente ao presidente do Supremo Tribunal, maior
autoridade judicial do país.
A punição exclui de vez a "Dama de Yangún" do
cenário político, no que diz respeito às eleições previstas para este ano, pela Junta
Militar que governa o país.
Aung San Suu Kyi passou mais de 14 dos últimos
20 anos, em prisão domiciliar.