BISPOS ITALIANOS: MÁFIA IMPEDE O PROGRESSO DO SUL DO PAÍS
Roma, 25 fev (RV) - A Conferência Episcopal Italiana (CEI) condenou ontem veementemente
as organizações criminosas que atuam no sul do país, ressaltando que “a máfia é uma
das pragas mais profundas e duradouras, um verdadeiro câncer”.
“Não é possível
mobilizar o sul enquanto a região não se soltar das correntes que não lhe permitem
liberar as próprias energias” - enfatiza o documento “Igreja e Sul”, divulgado ontem
pelo episcopado.
No texto, os bispos apontam que a máfia “envenena a vida social,
perverte a mente e o coração de tantos jovens, sufoca a economia, deforma o rosto
autêntico do sul italiano”.
Para os líderes católicos, as organizações mafiosas
representam “a configuração mais dramática do mal e do pecado”. “A máfia não pode
e não deve ditar os tempos e os ritmos da economia e da política no sul, colocando
em crise o sistema democrático do país” - aponta o comunicado.
Os bispos italianos
também denunciam os abusos cometidos contra as mulheres nesta região da Itália.
O
sul abriga as três principais máfias do país: a Camorra, que atua na região da Campânia;
a 'Ndrangheta, que opera na Calábria; e a Cosa Nostra, da Sicília.(CM)