2010-02-17 18:28:29

ÚLTIMA AUDIÊNCIA GERAL DO PAPA SORRISO


Cidade do Vaticano, 17 fev (RV) - Vamos recordar hoje nosso espaço dedicado à Memória Histórica João Paulo I, Albino Luciani, conhecido também como "O Papa sorriso" por causa de seu comportamento alegre e afável.

O Papa Sorriso nasceu na província de Belluno, norte da Itália, em 17 de outubro de 1912. Seu nome de batismo fora uma homenagem a um amigo da família, que morrera numa explosão em uma mina de carvão na Alemanha.

De origem humilde, viu seu pai ser várias vezes forçado a buscar trabalho em outros países, por causas das conseqüências da Primeira Guerra Mundial. Sua mãe católica fervorosa o incentivou a seguir a formação religiosa. Albino foi ordenado sacerdote em 1935.

Foi nomeado bispo por João XXIII e cardeal por Paulo VI. Esteve presente no Concílio Vaticano II, convocado em 1962 por João XXIII. Albino Luciani era o Patriarca de Veneza quando, aos 65 anos, foi eleito papa em 26 de agosto de 1978.

Seu pontificado foi breve. Faleceu em 28 de setembro de 1978, 33 dias após sua eleição à Cátedra de Pedro. No dia 27 de setembro, um dia antes de morrer, João Paulo I realizou a sua última Audiência Geral. Ele falou sobre a caridade, ressaltando "que amar é um viajar com o coração rumo a Deus. Viagem belíssima, embora comporte muitas vezes sacrifícios". O Papa Sorriso falou também sobre o amor ao próximo, afirmando que Jesus nos pede para amar não só com o sentimento, mas também com obras. "Tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber" – disse Jesus.

"A fome hoje não se refere somente a este ou aquele indivíduo, mas a inteiras populações" – frisou João Paulo I, que acrescentou.

"Todos nos lembramos das notáveis palavras do Papa Paulo VI: Os povos da fome interpelam de forma dramática os povos da opulência. A Igreja estremece perante este grito de angústia e convida cada um a responder com amor ao apelo do seu irmão (Populorum Progressio, 3). Neste ponto, a justiça se une à caridade, porque — diz ainda Paulo VI — a propriedade privada não constitui para ninguém um direito incondicional e absoluto. Ninguém tem o direito de usar exclusivamente os bens em benefício próprio enquanto outros morrem de fome porque nada possuem. Conseqüentemente, torna-se um escândalo intolerável qualquer esbanjamento público ou privado, qualquer recurso exagerado aos armamentos (Ibid., 53)."

"À luz destas vigorosas palavras podemos ver quantos indivíduos e povos estão ainda longe de amar os outros "como a si mesmos", que é mandamento de Jesus" – concluiu o Papa Sorriso. (MJ) RealAudioMP3







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