2010-02-17 19:06:28

PAPA: QUARESMA É TEMPO DE RENOVAR ESCOLHA DE SEGUIR CRISTO NO CAMINHO DA HUMILDADE


Cidade do Vaticano, 17 fev (RV) - Bento XVI presidiu, nesta Quarta-Feira de Cinzas, a procissão penitencial que teve início na igreja de Santo Anselmo até a Basílica romana de Santa Sabina, no Aventino, em Roma, onde o papa celebrou a missa com o rito da bênção e imposição das cinzas.

Em sua homilia o papa ressaltou que a liturgia de hoje tem como fundamento "a onipotência do amor de Deus, a sua absoluta senhoria sobre toda criatura, que se traduz na indulgência infinita, animada pela constante e universal vontade de vida".

O Santo Padre recordou que Jesus passou quarenta dias no deserto da Judéia. "Aquele longo tempo de silêncio e de jejum foi para Ele um abandonar-se completamente ao Pai e ao seu desígnio de amor; esse tempo foi ele mesmo um batismo, isto é, uma imersão na sua vontade, e nesse sentido uma antecipação da Paixão e da Cruz" – frisou Bento XVI.

O papa ressaltou que "a salvação é dom, é graça de Deus, mas para ter efeito na minha existência requer o meu assentimento, um acolhimento demonstrado nos fatos, isto é, na vontade de viver como Jesus, de segui-lo".

"Seguir Jesus no deserto quaresmal é, portanto, condição necessária para participar da sua Páscoa, do seu êxodo. Adão foi expulso do Paraíso terrestre, símbolo da comunhão com Deus; agora, para retornar a essa comunhão e, portanto, à vida eterna, é preciso atravessar o deserto, a provação da fé. Não sozinhos, mas com Jesus! Ele – como sempre – precedeu-nos e já venceu o combate contra o espírito do mal. Eis o sentido da Quaresma, tempo litúrgico que todo ano nos convida a renovar a escolha de seguir Cristo no caminho da humildade para participar da sua vitória sobre o pecado e sobre a morte" – sublinhou o Santo Padre.

Bento XVI disse ainda que "Deus levou às extremas conseqüências o seu desígnio de salvação, permanecendo fiel ao seu amor a ponto de entregar o Filho unigênito à morte, e à morte de cruz. Ai se abre a justiça divina, profundamente diferente da justiça humana... graças à ação de Cristo, nós podemos entrar na justiça maior, que é a justiça do amor".

"Iniciando uma nova Quaresma, um novo caminho de renovação espiritual, a Igreja indica a conversão pessoal e comunitária como único caminho não ilusório para formar sociedades mais justas, onde todos possam ter o necessário para viver segundo a dignidade humana" – conclui o papa. (MJ)







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