Beirute, 12 fev (RV) - O Líbano está recordando nestes dias 1600 anos de morte
de São Maron, monge eremita que deu início ao rito maronita e padroeiro do país. O
Cardeal Nasrallah Pierre Sfeir, Patriarca de Antioquia dos Maronitas, presidiu um
missa, na Catedral de São Jorge, em Beirute.
Compareceram as maiores autoridades
políticas libanesas, como o Presidente Michel Suleiman, cristão maronita, o Primeiro
ministro Saad al-Hariri, muçulmano sunita, e o Presidente do Parlamento, Nabih Berri,
muçulmano xiita.
Em sua homilia, o cardeal pediu que “São Maron nos conceda
dias melhores dos que vivemos e que possamos celebrar muitas festas cheias de bem
e de paz!”.
Na carta em que apresenta o especial Ano Jubilar, convocado até
2 de março de 2011, o patriarca libanês escreve que “este tempo servirá para rezar,
pensar, arrepender-se, olhar para o passado e meditar; aprender suas lições para desenhar
uma nova estratégia para nossa Igreja no terceiro milênio”.
Dom Sfeir ressalta
a importância de três palavras: tempo, como dimensão para Deus; sínodo, como cenário
na história da Igreja Maronita (católica); e jubileu, como ano da justiça, de reconciliação
e arrependimento.
Este Ano Jubilar, diz o cardeal à agência SIR, “será um
ano de graças especiais para as pessoas e para a comunidade, um ano de alegria, não
só interior”.
Segundo a agência de notícias dos bispos italianos, o Patriarcado
criou um comitê organizador para as celebrações pelo 1600° aniversário de São Maron,
presidido pelo bispo de Batrun dos Maronitas, Dom Paul-Emile Saadé.
São Maron
faleceu em 435, foi enterrado entre Apamea e Mesa onde ergue-se um Mosteiro ao redor
de sua tumba. Seu túmulo é um local de peregrinação e vários milagres foram creditados
a sua intercessão.
Em 1490 as relíquias de São Maron foram trasladadas para
a Catedral de Volperino, em Foligno, Itália, ao lado de uma estátua do santo em prata.
Sua festa é celebrada no dia 14 de fevereiro. (CM)