2010-02-12 11:55:13

HAITI: SOLIDARIEDADE UM MÊS APÓS O TERREMOTO


Cidade do Vaticano, 12 fev (RV) – A um mês da tragédia que assolou o Haiti, o número de vítimas e de desabrigados não para de crescer nas estatísticas apresentadas pelo governo local. Ao mesmo tempo, os indicadores da solidariedade progridem e a resposta imediata da Igreja Católica, em especial no Brasil, ao país mais pobre das Américas dá um sinal de esperança em meio ao desastre.

Os números oficiais de mortos no sismo já superaram 170 mil pessoas. O Brasil também teve grandes perdas, vítimas entre civis e militares, diante da tragédia: recordamos a lastimável perda da fundadora da Pastoral da Criança, a pediatra e sanitarista Dra. Zilda Arns, que se encontrava no Haiti para uma conferência.

A comunicação com a ilha continua sendo dificultosa, mas a visita do secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, além do contato com alguns religiosos missionários brasileiros que vivem no Haiti, confirma a gravidade da situação, num país que mesmo antes do terremoto já padecia de tantos males estruturais.

O secretário-geral da CNBB destacou em seu retorno ao Brasil, após uma visita à ilha, acompanhando uma missão do governo brasileiro, que, além do auxílio humanitário emergencial, sem dúvida, necessário, foi solicitada à Igreja no Brasil uma ajuda missionária para o Haiti.

“Os Redentoristas, as Filhas da Caridade, os Espiritanos e várias outras congregações já tinham padres e religiosas brasileiras trabalhando no Haiti” – afirmou Dom Dimas em seu retorno ao Brasil.

“O próprio capelão da Força Tarefa Brasileira, padre major Lázaro Mendes, faz um trabalho muito bonito por lá, com atividades religiosas diárias, com um pelotão diferente a cada dia. Além do ponto de vista da ajuda humanitária emergencial, precisamos cuidar também que se promova um reforço missionário” – declarou o secretário-geral da CNBB ao jornal da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Dom Dimas explicou que tem “recebido telefonemas na CNBB de padres e até bispos que estão se oferecendo para ir ao Haiti de maneira permanente”. Tais solicitações serão estudadas junto às autoridades da Igreja no Haiti para verificar a necessidade e a real possibilidade de enviar novos missionários neste momento delicado.

A solidariedade dos fiéis brasileiros têm se mostrado de forma efetiva. A Cáritas Brasileira e a CNBB, através da Campanha SOS Haiti, já arrecadaram mais de R$ 3 milhões de reais. Deste montante, R$ 1 milhão já foi repassado para o seu destino na ilha. (RD)







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