Parlamento Europeu aprovou novo Executivo de Bruxelas com mandato de cinco anos e
novas competências
(10/2/2010) O Parlamento Europeu aprovou a nova Comissão Europeia liderada por José
Manuel Durão Barroso por 488 votos a favor, 137 contra e 72 abstenções. A decisão
permite a este órgão executivo, que agrega os 27 Estados-membros da União Europeia,
tomar posse quase quatro meses após o que estava inicialmente previsto.
Esta
aprovação foi marcada por atrasos relacionados com a ratificação do Tratado de Lisboa
por vários países, com a escolha de quem iria ocupar os dois mais altos cargos na
UE e pela oposição do Parlamento à escolha da candidata búlgara para ser comissária
para a ajuda humanitária.
A Comissão, liderada por Durão Barroso, terá um mandato
de cinco anos e novas competências relacionadas com regulação dos mercados financeiros,
comércio e questões monetárias. É integrada por um representante de cada país membro
da UE e o seu mandato irá prolongar-se até 31 de Outubro de 2014.
. Num discurso
perante o plenário, Durão Barroso relembrou o papel essencial da Comissão no funcionamento
da União Europeia e sublinhou o significado político da sua aprovação no Parlamento
Europeu, um exemplo concreto de "democracia europeia em acção". O pontapé de saída
do novo Executivo de Bruxelas coincide inevitavelmente com a cimeira extraordinária
marcada para amanhã, em Bruxelas, pelo também recém-eleito presidente do Conselho
Europeu, Herman van Rompuy. Na agenda, o prato forte é a situação económica da UE
e Barroso levará na manga o projecto que marca o arranque dos próximos cinco anos:
a apresentação da Estratégia 2020. Na essência, o plano vem substituir a Estratégia
de Lisboa para o Crescimento e Emprego e Barroso pretende que os chefes de Estado
e de Governo endossem o documento alinhavado pela Comissão Europeia.