(9/2/2010) O presidente do Conselho Pontifício para a promoção da unidade dos cristãos,
Cardeal Walter Kasper, considera que é hora do “realismo ecuménico”, que valorize
o que já se conseguiu neste diálogo e não sublinhe em demasia “as questões que permanecem
em aberto”. Este responsável falava durante a abertura de um simpósio sobre o livro
"Colhendo os frutos. Aspectos fundamentais da fé cristã no diálogo ecuménico. Consensos,
convergências e diferenças", lançado em Outubro de 2009 pela Santa Sé. Participam
no evento, que decorre no Vaticano, representantes das Igrejas Luterana, Reformada,
Anglicana e Metodista. O Cardeal Kasper falou numa “nova fase de diálogo” com as
Igrejas históricas da Reforma, “que pode ser menos entusiasta em relação ao da nossa
juventude, mas será mais maduro e não menos embebido em coragem e esperança". "Deixemo-nos
guiar pela consciência de que não há alternativa responsável ao diálogo que foi inspirado
pelo Espírito Santo, que acreditamos capaz de cumprir o que iniciou", prosseguiu. Para
o presidente do Conselho Pontifício para a promoção da unidade dos cristãos, "o caminho
para uma plena comunhão não é um movimento de sentido único", mas uma via na qual
"todas as partes devem avançar". Num balanço do caminho empreendido desde o Concílio
Vaticano II, o Cardeal alemão disse que estas décadas foram marcadas por “um crescente
respeito recíproco, confiança e amizade”. Mais importante do que os documentos conjuntos,
assinalou, foi a redescoberta como “irmãos e irmãs em Cristo”. O simpósio conclui-se
nesta Quarta-feira, com uma celebração de Vésperas, na Basílica de São Paulo fora
de muros