A importância do casamento «entre um homem e uma mulher» e a condenação das violações
aos direitos das crianças, também da parte de membros da Igreja, no centro do discurso
do Papa ao Conselho Pontifício para a Familia
(8/2/2010) Bento XVI recebeu em audiência nesta segunda feira os participantes
na assembleia plenária do conselho pontifício para a família No discurso que lhes
dirigiu o Santo Padre começou por recordar que neste momento a actividade deste dicasterio
se situa entre o VI encontro mundial das famílias efectuado em Cidade do México em
2009 e o VII encontro programado em Milão na Itália em 2012. Além de cuidar de
tais eventos extraordinários o Conselho Pontifício para a família leva por diante
varias iniciativas para fazer crescer a consciência do valor fundamental da família
para a vida da Igreja e da sociedade. E a este propósito o Papa salientou: Entre
elas colocam-se o projecto “ a família sujeito de evangelização” com o qual se deseja
preparar uma recolha, a nível mundial, de experiencias validas nos vários âmbitos
da pastoral familiar, para que sirvam de inspiração e encorajamento para novas iniciativas;
e o projecto “ a família recurso para a sociedade, com o qual se deseja pôr em evidencia
junto da opinião publica os benefícios que a família traz á sociedade, á sua coesão
e ao seu desenvolvimento Outro importante empenho do conselho pontifício para
a família ao qual Bento XVI quis referir-se no seu discurso foi a elaboração de um
Vademecum para a preparação para o Matrimónio. Aquele dicasterio propõe-se delinear
convenientemente a fisionomia das três etapas do itinerário para a formação e a resposta
á vocação conjugal. A preparação remota diz respeito ás crianças, os adolescentes
e os jovens. Ela envolve a família, a paroquia e a escola lugares nos quais se é educado
a compreender a vida como vocação ao amor, que se especifica depois, nas modalidades
do matrimónio e da Virgindade pelo Reino dos Céus. Nesta etapa - salientou depois
o Papa - deverá emergir progressivamente o significado da sexualidade como capacidade
de relação e positiva energia que se deve integrar no amor autentico. A preparação
próxima diz respeito aos namorados e deveria configurar-se como um itinerário de fé
e de vida cristã que leva a um conhecimento aprofundado do mistério de Cristo e da
Igreja e dos significados de graça e de responsabilidade do matrimónio. A duração
e as modalidade de actuação será necessariamente diferentes segundo as situações,
possibilidades e necessidades. A preparação imediata tem lugar em proximidade do
matrimónio. Bento XVI referiu-se depois ao tema da assembleia plenária do conselho
pontifício para a família iniciada esta segunda feira “ os direitos da infância, escolhido
com referencia ao XX aniversario da Convenção aprovada pela assembleia geral da ONU
em 1989. O Papa recordou que a Igreja ao longo dos séculos promoveu a defesa da
dignidade e dos direitos dos menores, ma infelizmente em vários casos alguns dos seus
membros agindo em contraste com este empenho violaram tais direitos. Um comportamento
que a Igreja não deixa e nunca deixará de deplorar e de condenar. As duras palavras
de Jesus contra quem escandaliza um destes pequeninos – disse ainda Bento XVI – empenham
a todos a nunca abaixar o nível de tal respeito e amor. Portanto também a Convenção
dos direitos da infância foi acolhida com favor pela Santa Sé, enquanto contém enunciados
positivos acerca da adopção, cuidados de saúde, educação, defesa dos deficientes
e a protecção dos pequenos contra a violência, o abandono e a exploração sexual e
no trabalho.