2010-02-07 13:01:28

Reconhecer os limites e o pecado, mas colocar em Deus e na sua graça toda a confiança, como Isaías, Pedro e Paulo: Bento XVI domingo ao meio-dia. Papa falou também da defesa da vida


Reconhecer os seus limites e fragilidades para confiar ainda mais na potência da graça de Deus no seguimento da sua chamada, como propõe a liturgia deste domingo, foi a mensagem deixada pelo Papa na alocução do meio-dia, por ocasião do Angelus, na Praça de São Pedro.
Bento XVI começou por evocar as leituras da Missa deste quinto domingo do Tempo comum que, fez notar, têm como tema a chamada divina. Isaías experimenta diante de Deus um sentimento profundo da sua indignidade. Perante o prodígio da pesca superabundante, Simão Pedro lança-se aos pés de Jesus reconhecendo-se pecador. Também Paulo, outrora perseguidor da Igreja, se professa indigno de ser chamado apóstolo, mas reconhece que a graça de Deus nele realizou maravilhas.
“Nestas três experiências vemos como o autêntico encontro com Deus leva o homem a reconhecer a própria pobreza e incapacidade, com os seus limite e o seu pecado. Mas não obstante esta fragilidade, o Senhor, rico em misericórdia e no perdão, transforma a vida do homem e chama-o a segui-lo. A humildade testemunhada por Isaías, por Pedro e por Paulo convida todos os que receberam o dom da vocação divina a não se concentrarem sobre os próprios limites, mas a manterem fixo o olhar sobre o Senhor e sobre a sua surpreendente misericórdia, para converter o coração e continuar, com alegria a deixar tudo por Ele.”
Na verdade – observou ainda o Papa – “o homem vê a aparência, o Senhor vê o coração” e aos homens pobres e débeis que n’Ele têm fé torna-os intrépidos apóstolos e anunciadores da salvação”. Neste Ano Sacerdotal, Bento XVI exortou a invocar o Senhor da messe para que mande operários para a sua messe, rezando para “que todos os sentem o apelo do Senhor a segui-Lo, depois de passarem pelo necessário discernimento, saibam responder-Lhe com generosidade, não confiando nas próprias forças, mas abrindo-se à acção da sua graça”. “Em particular, convido todos os padres a reavivarem a sua generosa disponibilidade para responderem dia após dia à chamada do Senhor, com a mesma humildade e fé de Isaías, de Pedro e de Paulo”.
Depois das Ave-Marias, Bento XVI recordou a celebração, neste domingo, em Itália, da Jornada pela Vida, tendo desta vez como tema “A força da vida, um desafio na pobreza”.
“No actual período de dificuldade económica, tornam-se ainda mais dramáticos aqueles mecanismos que, produzindo pobreza e criando fortes desigualdades sociais, ferem e ofendem a vida, afectando sobretudo os mais débeis e indefesos. Tal situação empenha, portanto, a promover um desenvolvimento humano integral para superar a indigência e a necessidade, e sobretudo recorda que o fim do homem não é o bem-estar, mas o próprio Deus e que há que defender a existência humana e favorecê-la em cada uma das suas fases. De facto, ninguém é padrão da própria vida, mas todos somos chamados a protegê-la e respeitá-la, desde o momento da concepção até ao seu desfecho natural”.








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