2010-02-06 17:46:49

COREIA DO NORTE: MISSIONÁRIO NORTE-AMERICANO LIBERTADO JÁ ESTÁ EM PEQUIM


Seul, 06 fev (RV) - O missionário norte-americano, Rev. Robert Park, detido no dia de Natal, na Coreia do Norte, foi libertado pelas autoridades e já se encontra em Pequim, aonde chegou nas primeiras horas desta manhã, anunciou a agência sul-coreana Yonhap.

O Rev. Robert Park, de 28 anos, havia sido preso há seis semanas, depois de ter cruzado a fronteira do país, com o intuito de protestar contra a supressão religiosa no âmbito do regime norte-coreano.

Em dezembro passado, o missionário partiu da China e cruzou o rio Tumen em direção à Coreia do Norte, carregando cartas com pedidos para que o líder norte-coreano, Kim Jong Il, fechasse prisões e renunciasse ao poder. O governo do país não divulgou nenhuma informação sobre o missionário durante os 43 dias em que ele permaneceu sob custódia, tendo anunciado apenas ontem, a sua libertação.

Segundo a agência de notícias oficial da Coreia do Norte, o governo "decidiu unilateralmente perdoar e libertar Park, levando em consideração sua confissão e arrependimento sincero". Ainda segundo a agência, o missionário admitiu estar envergonhado de sua visão parcial do regime norte-coreano e disse estar convencido de que "há completa liberdade religiosa para todas as pessoas em todo o território" da Coreia do Norte.

"Eu não teria cometido tal crime (de ultrapassar o confim norte-coreano) se soubesse que a Coreia do Norte respeita os direitos de todas as pessoas e lhes garante liberdade" – afirmou Park, de acordo com a agência de notícias.

Ao chegar ao aeroporto de Pequim, o missionário, acompanhado de autoridades consulares, não quis responder às perguntas de repórteres sobre se teria sido forçado a fazer tais afirmações. Ele já embarcou num avião com destino aos EUA.

A Constituição da Coreia do Norte garante liberdade de religião, mas o governo limita as cerimônias religiosas, permitindo que elas se realizem apenas em igrejas autorizadas. Pessoas que fugiram do país dizem que realizar cerimônias religiosas clandestinas e distribuir cópias da Bíblia são ações que podem resultar em prisão ou execução.

A Coreia do Norte conta cerca de 154 mil prisioneiros políticos em seis prisões do país, de acordo com informações do governo da Coreia do Sul. (AF)







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