CONGRESSO DE MÉRIDA, NO MÉXICO, SOBRE SAÚDE, VIDA E FAMÍLIA: O TESTEMUNHO DO CARDEAL
ANTONELLI
Cidade do Vaticano, 06 fev (RV) - São necessárias políticas familiares que
levem em consideração a importância que a família tem no tecido social do México.
Foi o auspício manifestado pelo Congresso realizado pelas organizações eclesiais de
Yucatán, em Mérida, que teve como tema "Saúde, Vida e Família".
O encontro
teve ampla participação de associações laicais e pró-vida, de médicos e organismos
profissionais. Esteve presente também o presidente do Pontifício Conselho para a Família,
Cardeal Ennio Antonelli, que nos fez um balanço do encontro.
O purpurado fez
um comentário muito positivo, considerando tanto o nível do debate quanto as experiências
concretas apresentadas, às quais a imprensa local deu bastante destaque. A esse propósito,
eis o que disse o purpurado, entrevistado pela Rádio Vaticano:
Cardeal Ennio
Antonelli:- "O tema família e vida está sempre muito presente na América Latina,
justamente porque a cultura européia e a cultura norte-americana vão se difundindo
também na América Latina, contrastando a posição de grande parte da população. É claro
que a Igreja latino-americana procura cada vez mais tomar consciência dos valores
da família, adquirir uma consciência mais explícita dos valores do matrimônio, dos
valores da família e da vida."
P. A intenção dos organizadores do Congresso
parece ter sido colocar-se no plano de uma proposta positiva do papel que a família
pode ter dentro da sociedade de hoje...
Cardeal Ennio Antonelli:-
"A saúde integral da pessoa e a plenitude da própria vida no sentido bíblico da palavra
– isto é, a pessoa que se desenvolve na correta relação com Deus, com os outros, com
o mundo, com a natureza e consigo mesma e, portanto, esse sentido de saúde integral,
de desenvolvimento integral da pessoa – encontra o seu ambiente, o seu apoio principal
na família: saúde, vida e família. A família, justamente porque é uma instituição
do amor-dom e do amor-comunhão, representa o ambiente e a comunidade apropriados para
desenvolver plenamente a pessoa, à altura própria da sua dignidade. Parece-me que
tenha sido apresentada uma visão muito positiva nesse Congresso: a dignidade da pessoa
humana e a família como ambiente necessário para o desenvolvimento de pessoas autênticas,
assim como para o amadurecimento daquelas virtudes sociais que são indispensáveis
para a sociedade civil." (RL)