2010-02-05 20:43:33

DOM CELESTINO MIGLIORE SOBRE INTEGRAÇÃO SOCIAL: RESPEITAR DIREITOS DE TODOS


Nova Iorque, 05 fev (RV) - "O bem integral da pessoa em suas diversas dimensões, inclusive a espiritual", deve estar no centro das reflexões daqueles que se ocupam de integração social. O pronunciamento do observador permanente da Santa Sé na ONU, o arcebispo Celestino Migliore, na 48ª sessão da Comissão para o desenvolvimento social, girou em torno desse importante conceito.

Recordando uma passagem da encíclica Caritas in veritate de Bento XVI, na qual o pontífice observa que "a sociedade sempre mais globalizada nos torna próximos, mas não nos torna irmãos", o prelado evidenciou que a integração deve passar pela "eliminação da pobreza e por um trabalho digno para todos".

Dom Migliore acrescentou que o crescimento econômico e social se desenvolve mediante uma "maior conexão entre as pessoas" e as suas relações. E são muitos os âmbitos em que isso pode se dar: "os cuidados médicos, a cultura, a educação, a arte e o esporte".

O observador vaticano disse que "o desenvolvimento social e integral não derivará unicamente de soluções tecnológicas, mas principalmente das relações humanas". Um objetivo que "requer necessariamente uma abertura à vida", enquanto muitas vezes o crescimento da população tenha sido considerado uma causa de pobreza e a falta de trabalho uma conseqüência.

"O imperativo para os países – prosseguiu o prelado – é encontrar soluções adequadas para assegurar às pessoas competências, a formação e a educação de modo a promover o desenvolvimento e os direitos humanos." Portanto, é necessário criar uma sociedade aberta, onde se promova a vida e a família, inclusive no caso em que as taxas de crescimento tenham diminuído.

Dom Migliore indicou justamente no núcleo familiar "o primeiro contexto onde as crianças aprendem determinadas habilidades, atitudes e virtudes que as preparam para o mundo do trabalho, permitindo-lhes assim contribuir para o crescimento econômico e o desenvolvimento social".

Desse modo educação e formação tornam-se "um investimento a logo prazo"; portanto, a exigência é que "as políticas familiares sejam baseadas na justiça econômica e social. (RL)







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