2010-02-03 13:24:01

ENCONTRO DE JOÃO PAULO II COM A COMUNIDADE JUDAICA NO BRASIL


Cidade do Vaticano, 03 fev (RV) - Vamos hoje fazer uma viagem ao Brasil de 1980, no âmbito da primeira viagem apostólica do Papa João Paulo II. Naquela ocasião o Papa Wojtyla se encontrou, em São Paulo, com os representantes da Comunidade Judaica no Brasil. Era dia 3 de julho de 1980.

O diálogo entre judeus e católicos avançou muito nessas quatro décadas. João Paulo II contribuiu muito para o diálogo judaico-católico e foi o primeiro papa a visitar uma sinagoga.

O Concílio Vaticano II deu um impulso decisivo no compromisso de percorrer um caminho irrevogável de diálogo, de fraternidade e amizade, caminho que se aprofundou e se desenvolveu nestes quarenta anos com passos e gestos importantes e significativos.

A Igreja não deixou de condenar as faltas de seus filhos e filhas, pedindo perdão por tudo aquilo que pôde favorecer de algum modo as chagas do anti-semitismo e do anti-judaísmo.

Ao se encontrar com a Comunidade Judaica no Brasil o Papa Wojtyla disse:

"Para mim é uma feliz oportunidade para manifestar e estreitar ainda mais os laços que unem a Igreja católica e o Judaísmo, reafirmando assim a importância das relações que se desenvolvem entre nós, também aqui no Brasil" – frisou o pontífice.

João Paulo II disse ainda que a Declaração Nostra Aetate, do Concílio Vaticano II, em seu quarto parágrafo, afirma que é perscrutando o seu próprio mistério que a Igreja "recorda o vínculo que a une espiritualmente à descendência de Abraão". "Desta forma, a relação entre Igreja e Judaísmo não é exterior às duas religiões: é algo que se funda na herança religiosa de ambas, na própria origem de Jesus e dos Apóstolos, e no ambiente em que a Igreja primitiva cresceu e se desenvolveu" – disse o papa, acrescentando:

"Fico muito feliz por saber que este relacionamento e cooperação acontecem aqui no Brasil especialmente através da fraternidade judaico-cristã. Judeus e católicos se esforçam assim para aprofundar a comum herança bíblica, sem, contudo negar as diferenças que nos separam e de tal forma um renovado conhecimento mútuo poderá conduzir a uma mais adequada apresentação de cada religião no ensinamento da outra. Sobre esta base sólida poder-se-á logo construir, como já se vem fazendo, a tarefa da cooperação em benefício do homem concreto, da promoção de seus direitos, não poucas vezes conculcados, da sua justa participação na prossecução do bem comum, sem exclusivismos nem discriminações." RealAudioMP3

(MJ)







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