ANO SACERDOTAL: O MISTICISMO PERDIDO

Nova Délhi, 1º fev (RV) - Quais a perspectivas de renovação e contemplação dos padres católicos? Encorajados pelo Ano Sacerdotal convocado por Bento XVI e convidados pela Conferência Episcopal do país, os padres da Índia se reúnem em fevereiro para responder à questão.

O arcebispo de Guwahati e presidente do Setor de Evangelização da Federação das Conferências Episcopais Asiáticas, Dom Thomas Menamparampil, além de anfitrião do encontro, explicou à Agência Asianews: “A Igreja indiana é multicultural e multi-étnica. Somente em Guwahati, os 40 grupos étnicos existentes atuam juntos, como se fossem uma família. E já este relacionamento é uma espécie de evangelização”.

Segundo o arcebispo, as pessoas hoje estão muito mais abertas à mensagem evangélica do que se acredita: “Basta chegar nelas do modo certo, com uma abordagem pessoal; não dogmática, fria ou clerical”.

“Uma prioridade para os sacerdotes deve ser recuperar o “misticismo perdido’, pois – para o arcebispo indiano – “o cristão do futuro ou será um místico ou deixará de crer”.

Com o termo ‘místico’, Dom Menamparampil define aqueles que se movimentam em meio aos eventos, dão assistência e salvam, sugerem e guiam; inspiram, sofrem, e se necessário, doam a vida: heróis que comovem os corações e mantêm altos seus ideais. “Assim devem ser os sacerdotes, hoje: capazes de dar confiança a quem a perdeu, principalmente nas barracas dos pobres, onde os jovens correm riscos e em áreas de conflito”.

A este propósito, recorda os conflitos de natureza inter-étnica no nordeste de seu país, o crescente abismo entre ricos e pobres, e a necessidade de sacerdotes fundamentados na oração e prontos para enfrentar as tempestades da vida, juntos com os outros homens. (CM)