ARCEBISPO ZIMOWSKI: QUE NENHUM HANSENIANO SEJA MARGINALIZADO
Cidade do Vaticano, 29 jan (RV) - Educação, solidariedade e estratégias de
luta: foi o que pediu o presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes
de Saúde, Dom Zygmunt Zimowski, para debelar a hanseníase no mundo inteiro. Para isso,
o prelado difundiu uma mensagem para o 57º Dia Mundial dos Doentes de Hanseníase,
que será celebrado no próximo domingo. Ademais, o arcebispo lança um apelo a fim de
que os hansenianos não sejam marginalizados. E a sua dignidade não seja esquecida.
O
morbo de Hansen é uma doença 'antiga', mas não por isso "menos devastadora fisicamente
e muitas vezes também moralmente", em todas as épocas e em todas as civilizações –
escreve Dom Zimowski.
O prelado recorda que somente em 2009 foram registrados
mais de 210 mil novos casos. A Índia é o país mais atingido, mas a hanseníase não
poupa países como Brasil, Angola, Bangladesh, República Centro-Africana, República
Democrática do Congo e Madagascar.
Dom Zimowski pede uma reflexão e solidariedade
em favor de todos esses enfermos, a fim de que não sejam marginalizados da vida social,
condenados à solidão e ao medo. Numa palavra: esquecidos.
"Quando se pronuncia
a palavra lepra – escreve o prelado – suscitam-se sentimentos variados": incredulidade,
repugnância, medo, mas também aquela piedade e aquele amor que "nascem da atitude
atenta e misericordiosa de Jesus para com esses doentes".
O presidente do Pontifício
Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde faz um apelo à comunidade internacional
e aos Estados individualmente considerados a fim de que se desenvolvam e se reforcem
"as necessárias estratégias de luta contra a hanseníase, tornando-as mais eficazes
e capilares" e para que se prossigam as campanhas de educação e de sensibilização
sobre a patologia.
Por fim, o arcebispo agradece aos missionários, religiosos,
leigos, ONGs, e à Organização Mundial da Saúde, por seu compromisso na luta para "erradicar
essa e outras doenças esquecidas" e por restituir aos doentes "dignidade, alegria
e o orgulho de ser tratados como seres humanos". (RL)