2010-01-27 15:29:05

Projecto governamental de realojamento não agrada á maioria dos haitianos


(27/1/2010) No Haiti, duas semanas após o terramoto , há milhares de desalojados que vivem nas praças da capital Port au Prince. O Governo pretende realojar, ainda esta semana, 400 mil sobreviventes em acampamentos na periferia da cidade, mas a mudança desagrada a quem passa o dia nas ruas.
Os haitianos têm medo que não seja um abrigo temporário, mas uma mudança definitiva de endereço, longe de empregos e da possibilidade de recomeçar a vida.
Em muitos casos, casas e estabelecimentos não desabaram, mas estão danificados. E muitos pretendem é que lhes seja entregue dinheiro para reconstruir os seus imóveis.
As estimativas da ONU são que um milhão de pessoas ficaram desalojadas no Haiti e 700 mil delas estão a viver nas ruas de Porte-au-Prince (que tinha dois milhões de habitantes antes do terramoto). Cerca de 30 mil casas, a maioria no centro da capital haitiana, ficaram completamente destruídas, e um número indefinido está comprometido.
Áreas na periferia da capital estão a ser identificadas para a construção de acampamentos, com luz, saneamento, creches e postos de saúde. No futuro, os acampamentos serão transformados em bairros residenciais, com zonas comerciais e industriais. Um projecto para décadas, que não agrada à maioria dos haitianos.









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