2010-01-24 13:51:42

HAITI: POVOS DEMONSTREM FRATERNIDADE


Cidade do México, 24 jan (RV) - O arcebispo de Tegucigalpa, Honduras, e presidente da Caritas Internacional, Cardeal Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga, pediu vigilância nos processos de adoção das crianças deixadas em orfanatos no Haiti após o terremoto.

“Após a tragédia que estão vivendo, a adoção representa para as crianças uma oportunidade de futuro. Há tantas crianças nos orfanatos!” – disse, ressalvando que os procedimentos devem ser rigidamente controlados, a fim de não expor as crianças a “interesses escusos”.

Na última sexta-feira, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) denunciou o seqüestro de pelo menos 15 crianças nos abrigos do Haiti.

Intervindo no Congresso Nacional Mexicano de Sacerdotes, cujo tema era “Fidelidade e Fraternidade Sacerdotais”, o presidente da Cáritas Internacional disse que as principais urgências do povo haitiano hoje são a falta de água potável e comida, as condições insalubres de assistência aos feridos e a necessidade de incinerar as centenas de cadáveres que permanecem espalhados por toda a capital.

De fato, o cardeal reconheceu que é uma tragédia que todos corpos não possam ser identificados antes de enterrados. As condições climáticas do país favorecem a rápida decomposição e aumenta o risco de epidemias.

Apela-se também pelo envio de pessoal médico, pois – relata – “há pacientes em situação muito grave, que necessitam urgentemente de cirurgias. Esperemos que possa ser salvo o maior número possível de pessoas” - declarou.

O cardeal falou também sobre a situação da Igreja local, dizendo que pediu às Igrejas dos países latino-americanos que adotassem um ou dois seminaristas por diocese, para garantir a formação de novos sacerdotes no país.

O seminário do Haiti, que abrigava cerca de 250 seminaristas, foi completamente destruído. Já foram confirmadas as mortes de 30 seminaristas, entre religiosos e diocesanos. “Creio que seja um momento especial para demonstrarmos o que significa a fraternidade entre os pobres” – disse o arcebispo.







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