Instituições da Igreja querem uma carta de princípios sobre o combate ao tráfico de
pessoas
(18/1/2010) O Director da Obra Católica Portuguesa de Migrações deseja que a Igreja
Católica elabore uma carta de princípios “para orientar a acção da Igreja em Portugal
no que se refere à forma de enfrentar e agir nas questões ligadas ao tráfico de pessoas.
Frei Francisco Sales, Director da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM), propôs
aos participantes no X Encontro de Animadores Sócio - pastorais das Migrações que
decorreu em Fátima , a elaboração deste breve documento, a “ser assumido” pela Conferência
Episcopal. O Director da OCPM, franciscano, propõe também ás demais congregações
religiosas que coloquem as casas possuem ao serviço do acolhimento de vítimas de tráfico.
Porque estão muitas delas vazias, acredita que será possível, em cada uma, acolher
duas três pessoas vítimas de tráfico, com as quais se inicie um percurso de integração. Para
o Frei Francisco Sales, é necessário criar um Fórum que inclua as diversas organizações
e instituições que trabalham no sector do tráfico para “reflectir sobre a questão
e produzir relatórios sobre a situação em concreto”. Nas Dioceses, pretende-se
que exista um interlocutor; também nas congregações religiosas, as masculinas e femininas:
que tenham “uma pessoa designada para ser o elo de ligação na questão do tráfico das
pessoas”. Frei Francisco Sales deseja ainda que se criem parcerias com outros organismos,
nacionais e internacionais, os do Estado e da sociedade civil, “como forma de garantir
sempre a protecção da vítima e o respeito pelos seus direitos”. Na sessão de encerramento
deste X Encontro em Fátima , onde o tema em debate analisou o “papel dos agentes religiosos
em acções de prevenção, acompanhamento e combate ao tráfico de pessoas”, foi já constituída
uma equipa para elaborar um plano de acção.