2010-01-17 12:26:51

No dia da sua visita à Sinagoga de Roma, Bento XVI fala de crescente maturação nas relações entre Católicos e Judeus e faz votos de um empenho comum em testemunhar a fé no Deus único e em defender a vida e a família, promovendo a justiça social e a paz


Bento XVI deslocou-se neste domingo à tarde à grande Sinagoga de Roma, o chamado “Templo Maior”, em visita à Comunidade hebraica da Cidade. O facto foi referido pelo próprio Papa, antes do Angelus, ao meio-dia na praça de São Pedro, explicando que este acontecimento - a 24 anos da histórica visita de João Paulo II - assinala “mais uma etapa no caminho da concórdia e amizade entre Católicos e Judeus".
“Não obstante os problemas e dificuldades, entre os crentes das duas Religiões respira-se um clima de grande respeito e diálogo, que testemunha crescente maturação nas relações e o empenho comum em valorizar aquilo que nos une: antes de mais a fé no único Deus, mas também a tutela da vida e da família, a aspiração à justiça social e à paz”.

O Dia Mundial do Migrante e do Refugiado – celebrado neste domingo tendo como tema os menores migrantes e refugiados – foi o primeiro ponto abordado pelo Papa na sua alocução, evocando a Mensagem publicada a seu tempo para esta Jornada. “Jesus Cristo viveu, como neo-nato, a dramática experiência de refugiado, em razão das ameaças de Herodes – recordou Bento XVI. Ele ensina-nos a acolher as crianças com grande respeito e amor”
 
“Também a criança, qualquer que seja a sua nacionalidade ou a cor da pele, há de ser considerada, sempre e acima de tudo, como pessoa, imagem de Deus, a promover e tutelar contra toda e qualquer marginalização e exploração.
Em especial, ocorre desenvolver todo o esforço para que aos menores que se encontram a viver num país estrangeiro estejam garantidos no plano legislativo e sobretudo acompanhados nos inúmeros problemas que têm que enfrentar.
O Santo Padre encorajou “vivamente” as comunidades cristãs e os organismos que se empenham ao serviço dos menores migrantes e refugiados, exortando todos a, em relação a eles, “manter viva a sensibilidade educativa e cultural”, segundo o autêntico espírito evangélico.

Finalmente, Bento XVI recordou que tem início nesta segunda-feira a tradicional Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos: “Ela constitui, para os que crêem em Cristo, um tempo propício para reavivar o espírito ecuménico, para que as pessoas se encontrem, se conheçam, rezem e reflictam em conjunto”.
O Santo Padre recordou que o tema bíblico escolhido este ano para a Semana da Unidade, do Evangelho de São Lucas, faz eco às palavras de Jesus ressuscitado aos Apóstolos: “Sereis testemunhas de tudo isto”. “O nosso anúncio do Evangelho de Cristo será tanto mais credível e eficaz quanto mais estivermos unidos no seu amor, como verdadeiros irmãos”.
O Papa convidou portanto as paróquias, comunidades religiosas, associações e movimentos eclesiais a “rezar incessantemente pela plena unidade dos cristãos, de modo particular durante as celebrações eucarísticas”.

Após a recitação das Ave Marias, dirigiu o seu “pensamento às caras populações de Haiti”. Referindo a sua “premente oração”, Bento XVI declarou manter-se constantemente informado pelo Núncio Apostólico, do qual recebeu a notícia da morte do Arcebispo local, assim como de grande número de padres, religiosos e seminaristas.
“Acompanho e encorajo o esforço das numerosas organizações caritativas, que se estão ocupando das imensas necessidades do país. Rezo pelos feridos, pelos desalojados e por todos os perderam tragicamente a vida”.









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