2010-01-16 18:11:36

DIA MUNDIAL DO MIGRANTE E DO REFUGIADO É DEDICADO AO TEMA DO MENOR


Cidade do Vaticano, 16 jan (RV) - Celebra-se neste domingo, dia 17, o 96º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que tem como tema "Os migrantes e os menores refugiados". A mensagem do papa para este dia se abre ressaltando alguns aspectos do fenômeno migratório, como o número de pessoas envolvidas, os problemas sociais, políticos, culturais e religiosos que ele comporta, os desafios apresentados às comunidades nacionais e à comunidade internacional.

Quanto ao tema deste ano – escreve o papa – ele "diz respeito a um aspecto que os cristãos avaliam com grande atenção, recordando a advertência de Cristo, o qual no juízo final considerará como referido a Ele mesmo tudo aquilo que foi feito ou negado <>" (cfr Mt 25, 40.45).

Bento XVI recorda que a migração foi uma experiência experimentada pelo próprio Jesus, embora a tenha vivido como criança ao ter tido que refugiar-se no Egito, para fugir das ameaças de Herodes.

Não obstante o ditame da Convenção dos Direitos da Criança acerca da salvaguarda do interesse do menor e o reconhecimento de seus direitos fundamentais – prossegue a mensagem – de fato, muitos menores "são abandonados e, de vários modos, correm o risco de exploração".

A propósito, o papa cita a mensagem de João Paulo II, de 22 de setembro de 1990 ao secretário-geral da ONU por ocasião da cúpula mundial sobre as crianças, na qual o Papa Wojtyla escrevera: "Sou testemunha da dilacerante condição de milhões de crianças de todos os continentes. Elas são mais vulneráveis porque menos capazes de fazer ouvir a sua voz".

Em seguida, Bento XVI faz votos de que seja reservada aos menores migrantes a justa atenção para favorecer o seu desenvolvimento físico, cultural, espiritual e moral, ressaltando, ademais, os problemas e as dificuldades que a vida comporta num país estrangeiro na ausência de efetivos pontos de referência.

O documento passa depois a considerar um particular aspecto da migração de menores. Trata-se das crianças nascidas no país que acolhe seus pais ou de adolescentes que vão num segundo momento para o país onde se encontram seus genitores emigrados, experimentando assim uma situação de dúplice pertença cultural; daí, a importância – afirma o Santo Padre – de assegurar-lhes a possibilidade de ter uma escola que os acolha e de favorecer a sua inserção no mundo do trabalho, para facilitar a sua integração social.

"Jamais se deve esquecer que a adolescência representa uma etapa fundamental para a formação do ser humano" – observa ainda o pontífice.

A seguir, o papa faz uma reflexão sobre os menores refugiados que pedem asilo, sempre mais numerosos, um fenômeno "a ser avaliado com atenção e a ser enfrentado com ações coordenadas, com oportunas medidas de prevenção, de proteção e de acolhimento".

Por fim, o papa se dirige às paróquias e às associações católicas, expressando a sua gratidão por seu empenho em relação às necessidades dos migrantes, e convida "todos os cristãos a tomarem consciência do desafio social e pastoral apresentado pela condição dos menores migrantes e refugiados".

À luz das palavras de Jesus "Era forasteiro e me acolhestes" (Mt 25, 35) e do mandamento central que Ele nos deixou – o mandamento do amor a Deus, unido ao amor ao próximo (cfr Mt 22, 37-39) – Bento XVI conclui frisando que "toda iniciativa concreta deve, sobretudo, alimentar-se da fé na ação da graça e da divina Providência.

Desse modo, também o acolhimento ao estrangeiro "torna-se anúncio do Evangelho da solidariedade, que a Igreja proclama quando abre os seus braços e atua a fim de que os direitos dos migrantes e dos refugiados sejam respeitados, estimulando os responsáveis pelas nações, pelos organismos e pelas instituições internacionais a promoverem oportunas iniciativas que os ajudem". (RL)







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