A legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, proposta de lei do Governo
português aprovada na Assembleia da República, e a visita do Papa a Portugal, em
Maio próximo, foram dois dos temas analisados pelo Conselho Permanente dos Bispos
Portugueses, em Fátima
(13/1/2010) A aprovação da legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo pelo
Governo e pelo Parlamento foi uma precipitação e a ausência de um referendo sobre
esta matéria abre uma “ferida democrática” – disse à comunicação social o porta-voz
da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Pe. Manuel Morujão.
Após o Conselho
Permanente da CEP, realizado esta Terça-feira , o Pe. Manuel Morujão considerou que
“esta precipitação, pondo de lado o pedido de cerca de uma centena de milhar de cidadãos,
e sobretudo em tão pouco tempo, belisca a qualidade da democracia”.
A legalização
do casamento entre pessoas do mesmo sexo, proposta de lei do Governo que os partidos
de esquerda aprovaram sexta-feira na Assembleia da República, e a visita do Papa a
Portugal, em Maio próximo, foram dois dos temas analisados pelos bispos.
Os
bispos consideram que as pessoas “merecem ser tratadas com todo o respeito”, mas a
“família e o casamento devem ser tratados também com todo o respeito”. E acrescenta:
“para casos diferentes deve haver soluções diferentes”.
Os bispos esperavam
que “houvesse medidas de protecção à família, para que os casais possam ter os filhos
que desejam ter, para que a saúde, a educação, o emprego sejam protegidos e não debilitada
a estrutura da família” – sublinhou.
Em relação à visita de Bento XVI a Portugal,
o Pe. Manuel Morujão realça que existem preparações bilaterais e, no próximo dia 9
de Fevereiro, será publicada uma Nota Pastoral dos bispos portugueses sobre esta visita.