OS DRAMAS DA TERRA SANTA: AUSÊNCIA DE PAZ E FUGA DOS CRISTÃOS
Jerusalém, 12 jan (RV) - Enquanto Bento XVI falava da situação no Oriente Médio
no discurso aos embaixadores acreditados junto à Santa Sé, na Terra Santa foi inaugurado
ontem, em Jerusalém, o X Encontro de Coordenação de Bispos dos Estados Unidos e da
União Européia.
Abrindo o evento, o patriarca latino de Jerusalém, Dom Fouad
Twal, recordou que dois são os principais dramas da região: a ausência de paz e a
emigração dos cristãos.
"A paz não chega não obstante os esforços, as promessas,
as visitas feitas por muitas instituições e líderes internacionais" – explicou o patriarca.
"Nesses dias se fala de outra iniciativa norte-americana. Aceitaremos qualquer proposta,
desde que seja respeitosa do direito e da dignidade humanas."
Outro drama sinalizado
pelo patriarca é a emigração dos cristãos. "Não queremos ajudas, mas a co-responsabilidade
das Igrejas no mundo para com a Igreja-mãe de Jerusalém. Do futuro desta cidade dependerá
o futuro de todo o Oriente Médio. Estamos cansados, não queremos mais derramamento
de sangue, ódio e violência, mas paz e reconciliação."
Ontem falou também
o núncio apostólico, Dom Antonio Franco, que analisou os colóquios entre a Santa Sé
e Israel. Sobre o futuro, o núncio se declarou mais realista do que otimista, reiterando
que a Igreja não quer privilégios, mas poder viver e prosseguir a sua missão em Israel.
Em discussão, há as isenções fiscais, o financiamento estatal a escolas e
hospitais católicos, propriedades eclesiásticas, como o Cenáculo, e os vistos de entrada.
(BF)