2010-01-11 12:37:50

NONAGÉSIMA TERCEIRA ASSEMBLÉIA DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL VENEZUELANA


Roma, 11 jan (RV) – Dando inicio à Nonagésima Terceira Assembléia da Conferência Episcopal, Dom Ubaldo Ramón Santana Sequera, arcebispo de Maracaibo e presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, pronunciou palavras de saudação e boas vindas a todos os presentes dando especial ênfase a saudação ao Arcebispo Pietro Parolín, novo Núncio Apostólico na Venezuela.

Dom Ubaldo falou sobre três acontecimentos que marcaram a vida da Conferência Episcopal Venezuelana durante o ano passado: a aposta na prática do Concilio Plenário da Venezuela e da Missão Continental; a preparação e a realização da Visita à Limina Apostolorum Petri et Pauli do Episcopado nacional em Roma; e a intervenção em torno da aprovação da nova Lei de Educação.

Abordando nacional e internacionalmente as questões, pois, como disse ele, “é um dever próprio de nosso ministério projetar a luz do evangelho sobre as questões sociais de nosso tempo”, comentou, com relação às crises mundiais, que não se pode perder de vista o potencial abusivo dos grandes interesses econômicos e políticos. Porém, afirmou, “a condição não está somente concentrada nas elites que manejam o sistema financeiro. A crise também está nos muitos cidadãos comuns que aspiram a ganhar dinheiro com pouco ou nenhum esforço, nos especuladores que não vacilam em pisotear os direitos de seus semelhantes".

Sobre o panorama nacional disse: “Limito-me a apontar alguns aspectos importantes que afetam a vida do povo da Venezuela do ponto de vista de um pastor da Igreja católica”. Segundo o religioso, as soluções do país baseiam-se na substituição do atual clima de confronto por um propício ao diálogo e os pastores da Igreja Católica não são nem os opositores nem oficiais, mas só querem exercer a missão de guia para iluminar as consciências, fortalecer a saúde espiritual e qualidade de vida da sociedade.
A respeito da violência, ressaltou que a Venezuela está convertida em uma sociedade violenta e que vê com grande consternação o aumento do índice de mortes em cidades e nos campos, mas que isso é conseqüência da perda do valor sagrado da vida humana e do sentido de existência.

O arcebispo destacou ainda que a pobreza é um dos principais problemas do país e uma das causas da conflitude social. “Sem dúvida, ela vem com fatores econômicos e políticos. Porém, também e, sobretudo, com a perda do sentido e da meta da existência humana. A pobreza se combate eficazmente com equidade social", falou.

A abertura foi encerrada com o assunto da Lei de Educação, um dos temas que mais chamou a atenção da Igreja Católica durante 2009, alarmando a forma de sua elaboração, discussão e aprovação que não olhou de maneira ampla e respeitosa todos os componentes da sociedade. “Em matéria de tanta transcendência os políticos não podem tomar decisões exclusivas. É fundamental buscar o consenso", concluiu. (LC)







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