IGREJA DE OURO PRETO É A PRIMEIRA A SER RESTAURADA COM RECURSOS DO PAC
Ouro Preto, 11 jan (RV) - A Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, no distrito
de Cachoeira do Campo, um dos mais antigos de Ouro Preto, é palco e testemunha de
fatos marcantes da história do Brasil. No templo católico, que data de 1700, o português
Manuel Nunes Viana (1670-1738) foi sagrado, em 1708, primeiro governador de Minas,
durante a Guerra dos Emboabas.
Em 1720, na Sedição de Vila Rica, Felipe dos
Santos (1680-1720) foi preso, no adro, antes de sofrer horrores, até a morte, nas
mãos das autoridades coloniais.
Agora, depois de três séculos, a igreja volta
a ganhar destaque e reconhecimento, para mostrar o esplendor da arte barroca e sua
importância na memória brasileira. A partir de março, ela começa a ser restaurada,
tornando-se a primeira, no país, a receber recursos federais do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas.
Admirar os altares suntuosos,
o forro pintado, as portas de madeira e as paredes grossas é viajar de volta nos séculos
e conhecer mais sobre Ouro Preto, na região central de Minas Gerais, a 95 km de Belo
Horizonte.
Mas, como acontece quase sempre, insetos, infiltrações e alguns
desvarios humanos e do tempo fizeram um serviço completo, deixando à mostra perda
de pintura, partes carcomidas, teto despencando, deslocamento de talhas e outros absurdos.
Tombada há 60 anos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN), a Matriz de Nossa Senhora de Nazareth vai ser restaurada com verbas do Ministério
das Cidades e da Prefeitura local. (AF)