Ano internacional da Biodiversidade arrancou em Berlim: alarme para animais e plantas
que podem desaparecer
(14 /1/2009) O Ano Internacional da Biodiversidade, cujo arranque foi assinalado
, segunda-feira, em Berlim, tem como objectivo a tomada de consciência por parte de
todos os cidadãos da importância de proteger animais e plantas, no meio onde vivem. A
iniciativa foi lançada em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU), que apelou
à participação das associações internacionais em acções que visem alertar para o contínuo
empobrecimento da biodiversidade, com o desaparecimento de milhares de espécies. A
Convenção para a Diversidade Biológica alerta que a biodiversidade está ameaçada e
as espécies desaparecem a um ritmo mil vezes superior ao seu ritmo natural, uma tendência
que poderá ainda acentuar-se. Ao ritmo actual, cerca de 34 mil espécies de plantas
e 5200 espécies animais correm o risco de extinção. Por seu lado, a União Internacional
para a Conservação da Natureza tem uma "lista vermelha" que destaca os mamíferos,
em que uma espécie em cada duas está em declínio. Os cientistas estimam que "a sexta
extinção em massa" das espécies já está a decorrer. A última conhecida refere-se ao
desaparecimento dos dinossauros e aconteceu há 65 milhões de anos. Em 2008, a Assembleia
Geral da ONU convidou todos os países membros a criar comités nacionais, integrando
representantes de entidades locais, para celebrar o Ano Internacional da Biodiversidade. A
ONU vai marcar o Ano Internacional da Biodiversidade organizando duas conferências.
Uma delas, a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora
Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), no âmbito da qual é publicada a "lista vermelha"
das espécies ameaçadas cuja comercialização é proibida, realiza-se em Março, no Qatar.
O outro evento é a 10.ª conferência da Convenção sobre Diversidade Biológica que terá
lugar no Japão, em Outubro.