Cidade do Vaticano, 10 jan (RV) - Jesus vai a João para ser batizado. Quando
se encontra em meio a tantas pessoas que buscam o Batista, Jesus passa a ser mais
um que deseja reiniciar a vida através de um banho que simbolizava a mudança de vida.
O Mestre quis ser sempre igual a nós e também nesse momento ele se iguala a qualquer
pessoa de boa vontade que aceita o discurso regenerador de João, o Batista.
Acontece
que quando o vê, João - re conhece - nele o Messias, o verdadeiro Batista! Ele já
o havia conhecido e nele detectado o Deus Conosco, quando da visita de Maria de Nazaré
à sua mãe. Ali, ele João Batista, estremeceu no seio de Isabel e ela pode entender
o que acontecia. Agora, a mesma luz interior que o iluminou durante a visita, 30 anos
atrás, voltou e fez com que reconhecesse naquele homem, não apenas o seu primo, mas
o Redentor da Humanidade.
Nesse momento, segundo São Lucas, o céu se abriu,
ou seja, o Pai voltou a falar não mais através dos profetas, mas por seu Filho unigênito.
Deus voltou a se - re velar – em Jesus de Nazaré.
A pomba que aparece é sinal
da morada de Deus, de sua presença. É o Espírito de Deus que desceu sobre Jesus. Ele
é a morada do Pai, é a nova e eterna aliança, é a tenda armada de Deus em nosso meio,
é o próprio Deus!
As palavras, que se fazem escutar, vindas do céu, dizem:
“Tu és o meu Filho bem-amado; em ti ponho minha afeição.” Aí passamos a entender
melhor a primeira leitura onde Isaías diz: “Eis o meu servo, o meu eleito, ele trará
o julgamento às nações. Eu te constituí como o centro de aliança do povo, luz das
nações, para abrires os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere
os que vivem nas trevas”. A missão de Jesus será a de mostrar a proximidade do amor
do Pai, e recuperar o projeto de Deus para o homem. Por isso, suas mensagens serão
chamadas Boa Nova, Evangelho, o que em português pode ser traduzido como alvíssaras.
Ao
celebrarmos a festa do Batismo do Senhor, ocasião propícia para renovarmos nossos
compromissos batismais, voltemo-nos para nós mesmos e façamos um exame sobre nossa
conduta, sobre nossa presença no meio da sociedade. Até que ponto somos pessoas libertadoras,
pessoas que podem ser reconhecidas como abertas à ação de Deus, fautoras do bem, portadoras
de vida, moradas de Deus em meio aos homens?