2010-01-10 16:06:09

Do Baptismo deriva um modelo de sociedade fraterna, recordou o Papa antes da recitação do Angelus, com um não firme á violência e o pedido de respeito pelos emigrantes


(10/1/2010) Do Baptismo deriva um modelo de sociedade: a dos irmãos. Afirmou o Papa antes da recitação do Angelus do meio, com os milhares de fieis congregados na Praça de S. Pedro.
“Como cristãos, graças ao Espírito Santo recebido no Baptismo cabe-nos em sorte o dom e o empenho de viver como filhos de Deus e como irmãos, para ser fermento de uma humanidade nova, solidária e rica de paz e de esperança.
A fraternidade – esclareceu Bento XVI – não se pode estabelecer mediante uma ideologia, tanto menos por decreto de um qualquer poder constituído. Reconhecemo-nos como irmãos a partir da humilde mas profunda consciência do próprio ser filhos do único Pai celeste.”
Nisto – acrescentou – ajuda-nos a consciência de ter, além de um Pai nos céus, também uma mãe, a Igreja, da qual a Virgem Maria é modelo perene. A ela, confiamos os meninos neo baptizados e as suas famílias, e pedimos para todos a alegria de renascer todos os dias do alto, do amor de Deus, que nos torna seus filhos e irmãos entre nós.
Bento XVI falou depois do fenómeno da violência contra os cristãos que se está a verificar em muitas partes do mundo.
A violência contra os cristãos nalguns países – afirmou o Papa - suscitou o desdém de muitos, também porque se manifestou nos dias mais sagrados da tradição cristã. É necessário que as instituições tanto politicas como religiosas não fujam ás suas responsabilidades. Não pode haver violência em nome de Deus, nem se pode pensar de honrá-lo ofendendo a dignidade e a liberdade dos próprios semelhantes.
Pouco antes Bento XVI falara dos recontros ocorridos no sul da Itália em Rosarno na província de Réggio Calábria que viram envolvidos centenas de emigrantes submetidos a condições de trabalho desumano. Referindo-se ao respeito pela sua dignidade e liberdade o Papa introduziu depois o discurso sobre a diversidade religiosa e os ataques contra os cristãos, sublinhando que ambos os factos levam a considerações semelhantes.
É necessário partir do significado da pessoa. Um emigrante é um ser humano, diferente por proveniência, cultura e tradições, mas é uma pessoa que deve ser respeitada e com direitos e deveres, em particular no âmbito do trabalho onde é mais fácil a tentação da exploração, mas também no âmbito das condições concretas de vida.
A violência nunca deve ser para ninguém o caminho para resolver as dificuldades. O problema é antes de mais humano. Convido - disse a concluir - a olhar o rosto do outro e a descobrir que ele possui uma alma, uma historia e uma vida: é uma pessoa e Deus ama-a como ama a mim.








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