Roma, 04 jan (RV) - O princípio de solidariedade está na base da construção
europeia. Por isso, a União Europeia e os Estados membros proclamaram 2010 como “Ano
europeu da luta contra a pobreza e a exclusão social”. Uma ocasião para reafirmar
o compromisso político da União Europeia feito em Lisboa para “realizar uma reviravolta
decisiva na luta contra a pobreza”.
Quatro os objetivos principais: reconhecer
o direito das pessoas em situação de pobreza e exclusão a viverem de modo digno e
participarem de modo ativo na sociedade; partilhar responsabilidades e maior participação
na estratégia contra a pobreza através de uma ação conjunta de todas as entidades
públicas e privadas; promover uma maior coesão social na qual cada um esteja plenamente
consciente dos benefícios que traz à sociedade a erradicação da pobreza; renovar o
compromisso e a ação concreta da União Europeia e dos Estados membros no esforço comum
para a inclusão social.
O ano será inaugurado no próximo dia 21 de janeiro
em Madri, no âmbito do semestre espanhol da presidência da União Europeia e contará
com a participação de todos os Estados membros, mais a Islândia e Noruega. Em vista
da abertura, a Comissão Europeia realizou uma nova pesquisa para obter informações
atualizadas sobre o fenômeno. Segundo os dados, publicados no último mês de outubro,
80 milhões de pessoas na União Européia vivem abaixo da linha de pobreza, ou seja,
16% da população total.
Segundo a pesquisa, um europeu entre dez pertence a
uma família em situação total de desemprego. As crianças constituem a camada social
mais exposta à chaga da pobreza: com 19 milhões de menores em condições de precariedade
e de exclusão.
Entre as atividades programadas para o Ano, estão conferências,
debates, seminários e campanhas de sensibilização para dar voz a quem é obrigado a
viver na marginalização social, mas, sobretudo para estimular uma forte tomada de
consciência e assumir uma maior responsabilidade na luta contra a pobreza. (SP)