2009-12-30 11:19:54

IGREJAS REIVINDICAM PAZ E TUTELA AMBIENTAL


Guatemala, 30 dez (RV) - O Conselho Ecumênico da Guatemala lamentou ontem a escassa atenção dedicada pelos Governos para a agenda de paz, 13 anos depois do acordo que pôs fim ao longo conflito armado que viveu o país. Em 36 anos (1960-1996), a guerra civil guatemalteca deixou 200 mil vítimas, entre mortos e desaparecidos.

Juntos em cerimônia na Catedral Metropolitana, os representantes da Conferência Episcopal, das Igrejas Luterana e Evangélica e da Conferência dos Religiosos da Guatemala, se disseram preocupados com a estagnação dos acordos. Segundo eles, a pior conseqüência desta situação é a baixa qualidade de vida do povo.

Os Governos que se sucederam no tempo “permitiram a implementação de políticas neoliberais e o crescimento dos grupos de poder paralelo e do narcotráfico” – disse o pároco da catedral, Pe. José Colmenares.

“Não obstante as Igrejas tenham sempre se preocupado com as guerras e crimes e suas causas, a injustiça, a desigualdade, o racismo e a discriminação persistem na Guatemala” – denuncia o presidente do Conselho, Vitalino Similox.

Para ele, o país precisa de um “Estado forte”, que responda às necessidades básicas de seus habitantes, garanta uma melhor distribuição da renda e o pagamento dos impostos por parte dos mais ricos. “A pouca atenção aos pobres (metade dos 14 milhões de guatemaltecos) gera apatia, desilusão, desconfiança, intolerância e despreocupação pela dor do próximo” – escrevem em comunicado.

O Conselho Ecumênico aponta os três grandes problemas pendentes da agenda de paz: a violência, o aumento do crime organizado e a agressão ao meio ambiente.

Para melhorar a qualidade de vida do povo, o Conselho recomenda ao Estado que priorize a despesa e os serviços sociais, favoreça o desenvolvimento rural e o exercício dos direitos dos povos indígenas.

O ato público na catedral foi uma das atividades comemorativas do 13º aniversário da assinatura dos Acordos de Paz de 29 de dezembro de 1996. (CM)







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