2009-12-17 12:34:36

Comunhão, partilha, corresponsabilidade e amor fraterno: recomendações do Papa aos Bispos da Bielorrússia


Bento XVI recebeu também, quinta-feira de manhã, os Bispos da Bielorrússia, na conclusão da visita “ad limina Apostolorum”, aos quais recomendou uma acção apostólica concertada assente nos princípios evangélicos.

“Cresça sempre cada vez mais, entre vós, a corresponsabilidade, a comunhão e a partilha das decisões, para que o vosso serviço seja sempre frutuoso” – exortou o Papa. “É particularmente importante anunciar com renovado entusiasmo e de modo incisivo a perene Mensagem do Evangelho, numa sociedade que não está isenta das tentações da secularização, do hedonismo e do relativismo”. Bento XVI referiu a quebra da natalidade e a fragilidade das famílias, assim como a ilusão de encontrar na imigração para o estrangeiro a solução para os próprios problemas”.
Perante estes desafios, os Pastores têm a “tarefa urgente de porem em evidência a força da fé, uma fé radicada numa sólida tradição, contribuindo para preservar a profunda identidade cristã da Nação, no diálogo respeitoso com as outras culturas e religiões”.

Outro aspecto recordado por Bento XVI aos Bispos bielorrussos foi a responsabilidade paterna que lhes toca em relação aos sacerdotes, juntamente com a exortação a saberem “discernir todo e qualquer ministério destinado à edificação do corpo eclesial, mesmo de carácter laical, cultural e civil, para que todos contribuam para fazer crescer o Reino de Deus na Bielorrússia, no espírito de uma autêntica comunhão para reavivar aqueles valores cristãos que contribuíram de modo determinante para a construção da civilização europeia”.

Finalmente, o apelo a “valorizarem todo e qualquer contributo justo para anunciar e difundir o Reino de Deus”. Para tal, Bento XVI recordou o testemunho que se espera dos Pastores: “gestos concretos daquela fraternidade que gera a paz; a mansidão que acompanha a justiça; um espírito de comunhão isento de personalismos; a caridade paciente, benigna, não invejosa, que não se ufana, não se ensoberbece, não se ira, não tem conta do mal recebido, alegra-se com a verdade e tudo crê, tudo espera, tudo suporta por amor de Cristo”.
É neste plano, nesta ordem de ideias, que se coloca a colaboração fraterna com a Igreja Ortodoxa da Bielorrússia. “Também as Igrejas Ortodoxas, como a Igreja Católica se encontram fortemente empenhadas em reflectir como dar resposta aos desafios do nosso tempo para transmitir aos fiéis, fielmente, a Mensagem de Cristo” – concluiu o Papa.








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