Cidade do Vaticano, 15 dez (RV) - Bento XVI classificou ontem de "deplorável"
a agressão sofrida pelo primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, que desde domingo
está internado em um hospital em Milão.
Em telegrama, o papa expressou ao premiê
sua solidariedade e sua firme condenação a esta "deplorável agressão". Bento XVI também
desejou uma breve recuperação ao primeiro-ministro.
Também a presidência
da Conferência Episcopal Italiana divulgou uma nota em que afirma que "a violenta
agressão sofrida pelo presidente do Conselho constitui um episódio de singular e execrável
gravidade".
"Enquanto expressamos sincera solidariedade ao presidente Berlusconi
– lê-se ainda na nota –, fazemos votos para o nosso país de um clima cultural mais
sereno e respeitoso, a fim de realizar na coesão social e na responsabilidade política
o bem de todos e de cada um".
No domingo, ao final de um comício, Berlusconi
foi atingido por uma miniatura do Duomo (catedral) de Milão. Ele sofreu uma fratura
no septo nasal, teve dois dentes quebrados e um ferimento no lábio superior.
Pouco
depois do ataque, quando o premier já estava no hospital São Rafael, a Santa Sé já
havia expresso solidariedade e votos de melhoras. O diretor da Sala de Imprensa, Pe.
Federico Lombardi, condenou todos os "atos de violência".
"É um fato muito
grave e preocupante, que demonstra o risco real de que as palavras violentas possam
passar aos atos. Toda violência deve ser firmemente condenada por todas as partes
políticas e pelos setores da sociedade" – disse Pe. Lombardi no domingo.
O
agressor é Massimo Tartaglia, 42, há anos em terapia psiquiátrica. Em interrogatório,
ele declarou que agiu sozinho e não pertence a nenhum movimento político. Ontem, escreveu
a Berlusconi, pedindo desculpa por "um ato superficial, velhaco e irremediável". (BF)