FILIPINAS: MUDANÇAS CLIMÁTICAS ATINGEM PELO MENOS 700 CIDADES DO PAÍS
Manila, 15 dez (RV) - As mudanças climáticas podem atingir seriamente grande
parte das Filipinas, com conseqüências desastrosas para a vida da população. Este
é o alarme lançado pela Igreja no país, que, por ocasião da Cúpula de Copenhague,
recordou o sofrimento vivido pelos filipinos com a passagem dos tufões em 2009.
A
Conferência Episcopal Filipina recorda que o aumento do nível do mar, devido ao aquecimento
global, atinge fortemente 16 regiões do país, que incluem 700 cidades, onde a população
se vê, impotente, exposta a desastres e catástrofes naturais.
Os bispos denunciam
que as mudanças climáticas aumentaram notavelmente o número de tempestades que atingiram
as Filipinas nos últimos anos, sem esquecer que cada tufão traz à memória coletiva
o desflorestamento selvagem e ilegal que continua a verificar-se no país. Citando
dados das Nações Unidas, os prelados notam que a situação se agravou nos últimos 20
anos.
Nos meses passados, por ocasião do tufão Ondoy, o último que se abateu
sobre Manila e a parte central da ilha de Luzon, a Conferência Episcopal já havia
colocado o problema das sempre mais freqüentes calamidades sociais que os fenômenos
naturais provocam – todos fenômenos que derivam da obra incauta do homem.
"Necessita-se
de uma inquietação de consciência e de responsabilidade dos cidadãos, dos líderes
políticos e das instituições públicas, em nível nacional e internacional, para preservar
a natureza e a própria vida do homem." (BF)