Respeitar e sustentar os doentes graves e em fase terminal, foi o pedido do Papa na
visita a um centro de cuidados paliativos
(13/12/2009) Na manhã deste Domingo o Papa Bento XVI visitou o Hospice Sagrado Coração,
na colina do Gianicolo aqui em Roma, um centro de cuidados paliativos completamente
gratuitos, para doentes terminais, de formaçã e de pesquisa. O primeiro núcleo surgiu
em 1998 no interior da Casa de Cura Sagrado Coração, graças ao suporte medico cientifico
do pólo oncológico Rainha Helena. Nascia deste modo uma estrutura guia da Itália centro
meridional, no momento em que o debate na Itália sobre cuidados paliativos estava
ainda no inicio. Esta manhã o Santo Padre foi acolhido pelo seu vigário para a
diocese de Roma o cardeal Agostinho Vallini, com o presidente da fundação Roma Emanuele
Emmanuele e o presidente do circulo São Pedro, Pedro Leopoldo Torlonia cujos sócios
prestam no centro serviço de voluntariado. Nesta estrutura encontram-se 30 doentes
gravíssimos e são assistidos também diariamente 20 doentes de Alzheimar em day hospital
e no seu domicilio 120 doentes de cancro e outros 50 doentes de Alzheimer e seis de
esclerose lateral amiotrófica A sociedade eficientistica tende hoje a marginalizar
os doentes graves e em fase terminal, os quais pelo contrario devem ser respeitados
e sustentados: afirmou o Papa durante a sua visita. A nossa sociedade tende muitas
vezes a marginalizar estas pessoas, considerando-as um peso e um problema para a sociedade.
Quem tem o sentido da dignidade humana sabe pelo contrario que elas devem ser respeitadas
e sustentadas quando enfrentam as dificuldades e os sofrimentos ligados ás suas
condições de saúde. Sabemos como algumas patologias graves, produzem inevitavelmente
nos doentes momentos de crise, de confusão e um confronto serio com a própria situação
pessoal. Os progressos nas ciências medicas .- acrescentou o Papa – muitas vezes oferecem
os instrumentos necessários para enfrentar este desafio, pelo menos relativamente
aos aspectos físicos. Contudo nem sempre é possível encontrar uma cura para cada doença,
e por conseguinte, nos hospitais e estruturas de saúde do mundo inteiro, embatemo-nos
muitas vezes no sofrimento de tantos irmãos e irmãs incuráveis e muitas vezes em fase
terminal. Bento XVI encorajou portanto o recurso aos cuidados paliativos que –
disse – são capazes de aliviar os sofrimentos que derivam da doença e ajudar as pessoas
doentes a vivê-la com dignidade. Porém sozinhas não seriam suficientes para aliviar
o mal estar dos doentes e a respeitar a sua dignidade, e portanto, ao lado dos indispensáveis
cuidados clínicos, é necessário oferecer aos doentes gestos concretos de amor, de
proximidade e de solidariedade cristã para ir ao encontro da sua necessidade de compreensão,
de conforto, de encorajamento constante.