CONSEP PEDE ACORDO CORAJOSO NA CONFERÊNCIA DA ONU SOBRE CLIMA
Brasília, 11 dez (RV) - O Conselho Episcopal de Pastoral da CNBB (CONSEP),
reunido em Brasília, divulgou hoje uma nota sobre a Cúpula da ONU sobre Mudanças Climáticas,
em andamento na capital dinamarquesa Copenhague, ressaltando que "as decisões que
serão tomadas pelos governantes terão impacto no futuro da humanidade e em todas as
formas de vida no Planeta".
Os bispos do CONSEP se unem ao apelo global direcionado
aos líderes mundiais, exigindo um acordo corajoso com metas necessárias e mensuráveis
na emissão de poluentes. "Esperamos igualmente que as populações mais vulneráveis
afetadas pelas mudanças climáticas recebam os recursos necessários para a sua adaptação
e o seu desenvolvimento sustentável" – frisam os prelados na nota.
O Governo
brasileiro declarou que pretende diminuir até 2020, em 38% a emissão de gases que
provocam o aquecimento da Terra, e a redução de 80% do desmatamento da Amazônia. "Manifestamos
a nossa expectativa para que essas metas sejam acompanhadas por políticas nacionais
coerentes, que promovam a sustentabilidade do desenvolvimento humano, especialmente
das populações mais empobrecidas e a integridade da criação" – ressalta o CONSEP.
Os
bispos pedem às comunidades eclesiais para que nos próximos dias 12 e 13 façam alguma
coisa que sinalize a preocupação da Igreja com as decisões que serão tomadas na Conferência
de Copenhague. Os prelados solicitam que sejam promovidos debates, orações e vigílias
junto com iniciativas de outras Igrejas e organizações sociais.
"Em consonância
com a iniciativa das Igrejas de outros continentes, incentivamos que se dêem 350 repiques
de sino, às 12 horas do próximo domingo, dia 13" – frisa a nota do CONSEP. Este gesto
simbólico tem como finalidade alertar os governos para que não permitam que sejam
ultrapassadas 350 partes por milhão (PPM), limite máximo e seguro de dióxido de carbono
(CO2) na atmosfera, conforme atestam os cientistas que estudam o clima.
"Que
as celebrações do Advento nos coloquem em vigilante atitude na defesa e promoção da
vida na Terra" – finalizam os bispos. (MJ)