Pessimismo envolve a cimeira de Copenhaga sobre mudanças climáticas
(10/12/2009) Há pessimismo na Dinamarca, é o titulo do diário L’Osservatore Romano
apresentando aos seus leitores uma síntese dos primeiros dois dias da cimeira de Copenhaga
sobre o clima, um pessimismo só em parte redimensionado nesta quarta feira pelo chefe
da delegação da Santa Sé o arcebispo Celestino Migliore que indica entre os nós cruciais
também o do controlo dos nascimentos, alimentando de facto um antigo contencioso entre
a Onu e a Santa Sé. O problema, dissera o Papa á Fao a 16 de Novembro passado,
não é o aumento da população nalgumas áreas do planeta, não o é por causa do alimento
- disse então – como não o é – sublinhava ontem D. Celestino Migliore, observador
permanente da Santa Sé na ONU em Nova Iorque. Portanto a solução, sublinhou já Bento
XVI dirigindo-se a varias agencias das Nações Unidas, acusadas também em Outubro
passado durante os trabalhos da assembleia especial do Sínodo dos bispos para a África
, não pode ser procurada nos planos demográficos que favorecem o aborto e a contracepção. O
aquecimento global depende das modalidades ás vezes indiscriminadas e do nível elevado
dos consumos mais do que do numero de habitantes da terra reafirmou nesta quarta feira
D. Celestino Migliore numa entrevista á agencia Zenit á espera de partir para Copenhaga
na próxima segunda feira dia 14. Na entrevista começa por sublinhar que a poluição
é prevalentemente intenso e devastador precisamente nas regiões com grande desenvolvimento
e geralmente com taxas muito baixas de natalidade. Se queremos encontrar soluções
eficazes para a delapidação do património ecológico, devemos manter a atenção centrada
nas verdadeiras causas. Na procura de soluções para as mudanças climáticas – prosseguiu
- deveriam -nos guiar os princípios da responsabilidade comum mas diferenciada e
da equidade. Mas sobretudo, deve-se ter presente a relação inseparável e o duplo sentido
entre a salvaguarda da criação e o desenvolvimento. Não se atinge um sem o outro e
portanto – concluiu – não se podem sacrificar um ao outro. Domingo passado, Bento
XVI ,depois da recitação do Angelus do meio dia esclarecera as suas expectativas acerca
da cimeira de Copenhaga: acções responsáveis. Empenho para um desenvolvimento responsável.
Encorajamento a estilos de vida sóbrios e respeitosos da criação. Com um objectivo:
tutelar o Planeta e sobretudo as gerações futuras.