ONU pede fundos para enfrentar crises humanitárias
(3/12/2009) As Nações Unidas pediram à comunidade internacional fundos no valor
de 7,1 mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros) para enfrentar graves crises
humanitárias em 25 países, no próximo ano. Para o Sudão, considerado o país mais
necessitado, estão previstos 1,8 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros)
para "passar de uma fase em que se faz o mínimo indispensável para manter as pessoas
vivas e aliviar o seu sofrimento e criar as bases para se deixar a crise", disse a
organização. O Afeganistão surge em segundo lugar com 871 milhões de dólares (578
milhões de euros), seguido pela República Democrática do Congo (550 milhões de euros),
Somália (457 milhões de euros) e os territórios palestinianos ocupados (441 milhões
de euros). O valor global para 2010 é menor do que o aplicado em 2009, ano em
que as Nações Unidas pediram 9,7 mil milhões de dólares (6,4 mil milhões de euros)
e dos quais recebeu apenas 64 por cento. Nos últimos dez anos, a organização recebeu
cerca de 67 por cento dos fundos solicitados anualmente, com excepção do ano de 2001,
quando recebeu apenas 48 por cento. No geral, as "necessidades humanitárias não
têm aumentado muito, mas não foram reduzidas. Há também que ter em conta que 2009
foi um ano relativamente calmo em termos de catástrofes naturais", refere a ONU. O
Iraque deixou a lista dos dez países onde a situação é considerada mais crítica em
termos humanitários, estando a atenção focada agora em grande parte de África. O
impacto dos conflitos armados contra civis em vários países daquele continente foi
agravado pela seca severa e prolongada no chamado Corno de África, que causou uma
grave situação humana no Quénia e na Somália. Também o Chade, Uganda e República
Centro-Africana são considerados prioridades humanitárias pela ONU. Sobre o impacto
da crise económica global no financiamento da ajuda humanitária, a organização afirma
estar preocupada por a fragilidade das finanças públicas nos países doadores poder
ter impacto nessa área. Os países mais generosos em 2009, pelo seu contributo
para fins humanitários em relação ao seu Produto Interno Bruto (PIB), foram o Luxemburgo,
Suécia, Mónaco, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Irlanda.