2009-12-03 12:26:38

CRISTÃOS E BUDISTAS CONTRA A PENA DE MORTE


Seul, 03 dez (RV) – “Toda vida que venha a existir nesta terra é sagrada. A pena de morte é para nós um homicídio de Estado que, em nome da lei e da instituição, priva artificialmente um ser humano de sua vida insubstituível”. Começa assim o texto da declaração conjunta para a abolição da pena de morte assinada pelos cristãos e budistas coreanos, divulgada pela Comunidade de Santo Egidio na ocasião da oitava Jornada Mundial “Cidade pela Vida, Cidade contra a Pena de Morte”, celebrada no dia 30 de novembro.

A Coréia, não tendo feito execuções nos últimos doze anos, aboliu a pena capital de fato, “agora – continua a declaração – só resta a sua anulação de direito pela Assembleia Nacional. Nós defendemos em qualquer circunstância a completa eliminação dessa punição extrema, que não considera o aspecto sagrado da vida”.
Depois de recordar os solenes pronunciamentos das Nações Unidas e da União Europeia pela abolição da pena de morte, os signatários do documento assinalam: “A Coréia do Sul deve assumir um forte sentido de responsabilidade na participação nessa corrente abolicionista da comunidade internacional como país membro do Conselho para os Direitos humanos das Nações Unidas”.

Pois foi amplamente demonstrado que a pena de morte não tem nenhum efeito na prevenção do crime, dói ver que “se discute ainda sobre a sua aplicação ou não e sobre uma retomada das execuções, toda vez que ocorre um crime violento”. A declaração assinala que todos os que cometem um crime cruel devem ser punidos severamente conforme prevê a lei, “é preciso, portanto, o esforço da sociedade para prevenir os crimes e que se ofereça a possibilidade de uma expiação sincera e de um despertar da própria consciência também para os que cometem um crime violento”.

A declaração é concluída com um apelo ao governo, “para que não fale mais da volta das execuções e dedique-se mais ativamente para abolir a pena de morte”, e à Assembleia Nacional, para que se empenhe na aprovação, na legislatura atual, “da lei especial abolicionista que já havia sido proposta logo após as últimas três legislaturas”.

O texto foi assinado em Seul, no dia 26 de novembro, pelo Presidente da Conferência Episcopal da Coréia, Dom Peter Kang U-il, para a Igreja católica; para as outras Igrejas Cristãs, pelo Rev. O-Seong Kwon (Secretário geral do National Council of Churches of Korea); para o Budismo pelo Ven. Ji Kwan (Presidente da Ordem Jogye) e para o Budismo Won pelo Rev. Seong-Taek Lee (Secretário-geral). (SP)







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