2009-12-02 14:41:00

Nova estratégia dos EUA para o Afeganistão: Obama manda mais 30 mil soldados para guerra do Afeganistão e marca prazo para o início da retirada


(2/12/2009) Os Estados Unidos da América vão enviar mais trinta mil soldados para o Afeganistão durante os próximos seis meses, para apoiar o actual contingente militar naquele país a combater a violenta insurreição taliban, que tem crescido exponencialmente.

O Presidente apresentou o seu caso de como a escalada da guerra é "vital para a segurança nacional" dos Estados Unidos

Mas a partir de Julho de 2011, as tropas norte-americanas começarão a voltar a casa — embora uma retirada definitiva esteja condicionada às “condições no terreno”.

Numa declaração solene ao país, a partir da Academia Militar de West Point, no estado de Nova Iorque, o Presidente Barack Obama explicou que a sua Administração não está disponível para prolongar indefinidamente uma guerra que “não escolheu” e se arrasta há mais de oito anos, tendo já custado a vida a 929 soldados.

Ao mesmo tempo, argumentou que o reforço das tropas é a única fórmula para conter a expansão dos taliban e aniquilar a sua influência, criando condições de segurança e estabilidade para a população e para o governo do Afeganistão.

Esta é a segunda vez que Obama decide engrossar o contingente militar que combate no Afeganistão – em Fevereiro, um mês depois de tomar posse, o Presidente já ordenara um acréscimo de 21 mil tropas, elevando o número total de soldados americanos destacados naquele país para cerca de 68 mil. Agora chegarão quase aos cem mil.

Durante a campanha eleitoral, o então candidato argumentara que uma das razões porque defendia a imediata retirada das tropas do Iraque era para que a máquina militar americana se pudesse concentrar no Afeganistão. As forças de combate dos Estados Unidos sairão do Iraque no final de Julho de 2010, e as restantes unidades de apoio partirão no final de 2011.

A Administração inicia hoje uma “campanha” para convencer a população americana e os aliados dos Estados Unidos do acerto da sua estratégia. O secretário da Defesa, Robert Gates, e a secretária de Estado, Hillary Clinton, serão peças fundamentais desse esforço: o primeiro estará hoje no Congresso para responder às dúvidas dos legisladores; Hillary viaja para a reunião da NATO em busca de compromissos de maior apoio dos aliados.








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