Igreja na América Latina contra a violência, corrupção e pobreza e pede solidariedade
que promova iniciativas de apoio aos pobres e marginalizados, refugiados
(1/12/2009) A situação eclesial e social no continente americano foi abordada na
14ª Reunião do Conselho Especial para a América da secretaria geral do Sínodo dos
Bispos, concluída nos dias passados no Vaticano. Tráfico de drogas, lavagem de
dinheiro, corrupção, violência, tráfico de armas, discriminação racial, dívida externa,
desigualdades sociais e destruição da natureza são problemas que afligem a América
Latina e preocupam os bispos que abordaram estas temáticas durante a reunião. O
encontro contou com a participação de bispos provenientes do Canadá, México, Honduras,
Venezuela, Argentina, Bolívia, Brasil e Guatemala. "O fenómeno da corrupção continua
a alastrar e a Igreja apoia os esforços das autoridades civis que procuram combater
tal fenómeno”. "Além disso, a Igreja prepara-se para desarreigar este mal da sociedade
civil com uma adequada educação dos fiéis, com uma maior presença de leigos cristãos
qualificados na política que promovam valores como a verdade, a honestidade e o serviço
em prol do bem comum" – lê-se ainda no texto. Os bispos estão preocupados com o
tráfico de drogas, no continente americano, com a facilidade de circulação de armas
até mesmo as mais sofisticadas utilizadas pelas organizações criminosas, que causam
instabilidade e constituem uma ameaça para a paz. Segundo os prelados é preciso
que se ouça uma voz profética que denuncie o escândalo do tráfico de armas e de drogas
que gera ingentes somas de dinheiro e investir no combate à miséria e na promoção
do desenvolvimento. Sobre o fenómeno da imigração para a América do Norte os
bispos recordam que os imigrantes levam consigo um património cultural e religioso
rico de elementos cristãos. Entre os sinais de esperança foram mencionadas a grande
Missão Continental, em andamento nos países da América Latina, as iniciativas pastorais
e de promoção humana da Igreja. Os bispos finalizam, exortando a promover uma cultura
de solidariedade que promova iniciativas de apoio aos pobres e marginalizados, sobretudo
aos refugiados.